sábado, 22 de junho de 2013

Dilma não traz novidades, faz ameaça e comete erros de informação



O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff nesta noite de sexta-feira (21.jun.2013) não trouxe nenhuma novidade a respeito do posicionamento do governo federal sobre as manifestações de rua. O mais notável foi seu tom de ameaça em vários trechos quando falou que o governo não vai “transigir” com atos de violência.

Mas o que fez o governo até agora? Há quase duas semanas que as principais cidades do país têm ficado paralisadas no final da tarde.

Como o Brasil é um país conservador, talvez o pronunciamento da presidente possa ter algum efeito tranquilizador em parte da população. Foi uma gravação realizada da forma mais conservadora possível. Em frente a um fundo de madeira, ela usando um blaser de tom amarelo acabou lendo no teleprompter por 9 minutos e 43 segundos. É uma fala muito longa sob qualquer métrica possível. Mas Dilma não tinha saída.

Como a presidente raramente dá entrevistas formais para mídia (exceto para falar de novelas ou “faits divers”), quando fala é necessário ficar descrevendo uma lista sem fim do que considera útil dizer para a população –mesmo que o governo já gaste mais de R$ 1 bilhão por ano em propaganda.

Em certa medida, o pronunciamento de Dilma tenta recuperar o tempo perdido por ela nos últimos dois anos e meio. Sobretudo quando chegou a dizer que vai se esforçar agora para incentivar uma “ampla reforma política”. Essa expressão “reforma política” chega a provocar ataques de narcolepsia em quem acompanha o mundo do poder aqui em Brasília. Basta haver um problema de qualquer ordem no país que o presidente de turno fala sobre a necessidade de uma… reforma política. Passa a crise ou arrefecem os seus efeitos, a reforma política nunca sai.

Por que Dilma nunca falou sobre a necessidade de uma reforma política antes? Foi pega de surpresa agora?

Em outro trecho do pronunciamento, a presidente faz uma confusão com algo que ela própria patrocinou. Diz que a Lei de Acesso à Informação “deve ser ampliada para todos os poderes da República e instâncias federativas”. Como assim, ampliada? A lei já vale para todos os Poderes e para governos estaduais, prefeituras e União.

Talvez até de maneira inadvertida, Dilma acabou passando um pito em cadeia nacional de TV em prefeitos e governadores –que, de fato, cumprem de maneira precária a Lei de Acesso. E o que dizer da própria presidente, que acaba de decretar sigilo sobre todas as informações de gastos de suas viagens ao exterior? Como ela própria disse “a melhor forma de combater a corrupção é com transparência e rigor”. Pois é.

Em resumo, quem redigiu e copidescou o pronunciamento não estava muito familiarizado com o governo de Dilma Rousseff. E a própria presidente não fez a revisão necessária daquilo que leu no teleprompter. É desagradável quando ocorrem tantos descuidos em um texto para o qual a petista e sua equipe de marketing tiveram dois dias para produzir.

Sobre a Copa do Mundo e seus gastos, Dilma usou outra verdade pela metade para tentar conter a irritação dos indignados que foram à rua protestar. A presidente afirmou que todos os gastos para construir estádios e outras obras são empréstimos que serão pagos pelas empresas e Estados que receberam esse dinheiro. Não é bem assim. Tem muito dinheiro público, do BNDES, com juros que são subsidiados por todos os brasileiros.

Mesmo que as empresas e Estados paguem esses empréstimos (se é que vão pagar), terão recebido um grande benefício por causa dos juros camaradas. E mais: a maioria dos recursos foi para governos estaduais. Ou seja, se esses governos pagarem, ainda assim terá sido usado dinheiro público –portanto a presidente tergiversou ao dizer que não usaria fundos estatais. Já usou.

A suntuosidade das obras da Copa é um dos poucos pontos de consenso na irritação de quem têm ido às ruas protestar. Há uma sensação forte de que tudo foi feito apenas para turistas e a elite usarem.

Dilma também anunciou que convidará governadores e prefeitos de grandes cidades para aperfeiçoar as instituições e anunciar novos planos de ação.

Por exemplo, o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. Agora? A menos de um ano da Copa do Mundo?

E os prefeitos e governadores em Brasília? Esse tipo de reunião é tão improdutiva como a do ministério de Dilma –que com 39 integrantes precisaria de mais de um dia de reunião se todos falassem por meia hora.

Tudo considerado, não dá para dizer que Dilma cometeu o mesmo erro de Fernando Collor (que em 1992 pediu aos brasileiros que se vestissem de verde e amarelo e todos usaram preto). Ainda assim, o resultado parece ter ficado longe do que a presidente precisaria para tentar recuperar a autoridade perdida nos últimos dias.

Fernando Rodrigues



A presidente ainda não se deu conta



Dilma Rousseff fez um pronunciamento administrativo-eleitoral. Como presidente, separou manifestante de baderneiros. Prometeu ouvir os primeiros e reprimir os segundos. Como candidata à reeleição, ela dividiu com executivos estaduais e municipais a culpa pela raiva das ruas. E insinuou que só não faz mais porque não deixam. Foi assessorada pelo jornalista e ex-ministro Franklin Martins e pelo marqueteiro João Santana.

Instituições e governos precisam mudar, reconheceu uma Dilma mais humilde do que o habitual. Por isso, vai “conversar com os chefes de outros poderes”. Deseja “somar esforços”. De resto, convidará governadores e prefeitos das principais cidades para propor “um grande pacto.”

Pacto para quê? Para fazer andar projetos que o governo já apresentou e os outros não permitiram que caminhassem: plano nacional de mobilidade urbana (depende de convênios com prefeituras), destinação de 100% dos dividendos do pré-sal para a educação (o Congresso demora-se em aprovar) e a importação de milhares de médicos do exterior para “ampliar” o atendimento do SUS (entidades de classe, congressistas e prefeitos torcem o nariz para a ideia).

No campo administrativo, a pauta de Dilma é acanhada. Não faz jus à grandiosidade da raiva insinuada na presença de mais de 1 milhão de insatisfeitos nas ruas. Na seara política, a presidente-candidata soou desconexa. Os manifestantes informaram que não toleram a corrupção, ela reconheceu, antes de acrescentar: “Todos me conhecem. Disso não abro mão.” Heim?!? Em 2011, Dilma fez a pseudofaxina. Em 2012, negociou com os ‘faxinados’ a devolução dos ministérios violados aos partidos violadores.

Em resposta ao apartidarismo dos manifestantes, Dilma disse que não há democracia sem partidos e votos. Verdade. Em seguida, declarou que é preciso “oxigenar” o sistema. Chefe de um governo fisiológico, que acaba de trocar o tempo de propaganda televisiva do PSD por uma vaga de ministro para o ex-inimigo Guilherme Afif Domingos, Dilma prometeu empenhar-se pela reforma política.

Na próxima manifestação, a rapaziada talvez grite: ‘Fala sério!’ A propósito, Dilma disse que receberá os “líderes” do movimento que encheu as ruas. Ganha um passaporte para a felicidade quem disser o nome do responsável pelos protestos que explodiram de Norte a Sul. A presidente ainda não se deu conta. Mas quem enviou os manifestantes ao meio-fio não foi um grupo de líderes, mas um sentimento.

Josias de Souza


Vamos importar milhares de médicos, grande vergonha

Em 10 anos o Governo não conseguiu formar profissionais da saúde,  para atender as demanda. 

Em vez de criar competência endógena nestes 10 anos de governo Lula/Dilma, se opta por importar médicos. Em vez de aumentar a qualidade da educação e ampliar as vagas nas universidades, o governo vai comprar médicos fora do País. A Presidente (a) já falou com os profissionais de saúde? Conhece a experiência dos médicos cubanos que foram para Venezuela?. E os que foram para o Haiti. 


Brasil vive a mesma situação educacional do Haiti? Seria passar um atestado de total incompetência. 


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Curiosidades do movimento democrático


Da a impressão que o Governo Federal não governa o Brasil, que está falando de outro País e não daquele que governaram por 10 anos. Brasil.

O PT foi a entrar no movimento a protestar, contra quem? contra o Governo Federal, contra o modelo de crescimento e desenvolvimento do Brasil? Ah, então Tá! Suas bandeiras foram queimadas. Os militantes do PT se sentiam como peixes fora D´Água, isso, peixes e peixas fora D´Água.

O P O R T U N I S T A S!  O P O R T U N I S T A S! O P O R T U N I S T A S!  O P O R T U N I S T A S!

A Voz das ruas!




Não era para menos

Dilma estava "perplexa" com protestos, diz governador do Ceará

A presidente Dilma Rousseff telefonou ontem (20) para o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para ouvi-lo sobre a onda de protestos no país. Segundo ele, Dilma estava em estado de "perplexidade".

Cid disse que sugeriu à presidente que faça uma reunião com governadores e prefeitos para discutir o assunto. Hoje, Dilma está reunida com seus ministros para avaliar os protestos.

"É um movimento de contestação aos poderes constituídos. Quem está com essa responsabilidade tem que se solidarizar e, junto às pessoas, pensar em um planejamento para o Brasil", disse o governador nesta sexta-feira (21), após um evento em Fortaleza.

Na noite de ontem, uma passeata de ao menos 3.000 pessoas terminou com uma tentativa de invasão ao Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará. Manifestantes mais radicais apedrejaram os vidros do palácio. Houve 61 detidos, sendo seis menores de idade.

Cid afirmou que os manifestantes propensos ao vandalismo são uma "parte muito pequena" do grupo e que o movimento não pode "descambar para a destruição do patrimônio público, porque é um patrimônio nosso construído com nosso suor".

O governador cearense ressaltou que é a favor dos protestos, apesar de admitir não saber em que eles resultarão. "A gente deve canalizar essa energia da parte positiva das manifestações para termos um grande projeto de longo prazo, colocando metas e responsabilidades. É isso que a juventude quer", disse.

Ele defendeu o estabelecimento de uma matriz de responsabilidade para ações nas diversas áreas de governo.

Para Cid, a construção dos estádios da Copa do Mundo mostrou à população que, quando há uma mobilização, as coisas acontecem --por isso, elas passaram a fazer reivindicações. "O povo aprendeu", disse.

"Se os governos tiveram capacidade de fazer os estádios, por que a gente não melhora a educação, a saúde e a segurança pública?", questionou o governador.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A UNE que não UNE

Por onde anda a UNE - União Nacional dos Estudantes? 


A voz das ruas no Brasil, Rio de Janeiro não é por 20 centavos. 


Muita gravata e pouca rua

Uma pequena mostra de como se luta por mais educação. Chile 2013. 


200 mil estudantes chilenos por mais educação, gratuita e de qualidade.  

terça-feira, 18 de junho de 2013

Esgotamento do modelo



Perderam os fundamentos e todos seus princípios

Se passaram os últimos 10 anos engordando seus cofres particulares , colocaram gravata e se sentiram superiores ao resto dos brasileiros

Usaram a maquina publica para uso particular

Esqueceram os sonhos pelos quais alcançaram o governo

Investiram  em obras suntuosas sem melhorar o conjunto das obras que gerassem externalidades positivas na população

Foram os melhores guardiões do próprio capitalismo, de Estado

O regime não passou de um governo populista. 

domingo, 16 de junho de 2013

Torcida vaia e constrange Dilma


Dilma (no centro) discursa na abertura da Copa das Confederações ao lado de Joseph Blatter

A presidente Dilma Rousseff foi muito vaiada momentos antes do início da abertura da Copa das Confederações. Anunciada pelo alto-falante do estádio, ela fez caras de poucos amigos e limitou-se a dizer uma única frase no microfone, enquanto Joseph Blatter, presidente da Fifa, deu uma bronca na torcida pelo comportamento.

"Por favor, onde está o fair play de vocês", disse o cartola, que também foi vaiado pelo público. Dilma, por sua vez, foi sucinta e ignorou os protestos. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações 2013", disse ela, atropelando as vaias.

O momento embaraçoso repete uma outra história polêmica do país em grandes competições. Em 2007, na cerimônia que abriu o Pan do Rio de Janeiro, Lula estava no Maracanã e foi vaiado em todas as vezes que apareceu no estádio ou foi citado. Até por isso, ele quebrou o protocolo e não fez o pronunciamento tradicional de abertura.
UOL