sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Solução: Repetir a prova da UEPA

‘Prova da Uepa é malfeita’, ataca químico


O coordenador de Química do Sistema de Ensino e da Faculdade Universo, professor Robson da Silva Gurjão disse nesta quinta-feira (1º), em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, que “a banca não tem preparo para elaborar as questões de Química” do vestibular da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Segundo ele, as questões “são mal-elaboradas e as respostas equivocadas”.
Depois de denunciar um erro na prova de Química da primeira etapa do vestibular 2012 daquela instituição, que foi anulada, Gurjão voltou a apontar novos erros, nas questões 54 e 55 da prova da segunda etapa, realizada na última segunda-feira.

SEM RELAÇÃO
A questão 54 compara medidas diferentes, como KJ (energia química), com mol (unidade de matéria), que seria o mesmo que comparar quilômetros com quilo, por exemplo, segundo o professor. A questão 55, segundo ele, também está “mal-elaborada”, com “erros da banca”.

Segundo o professor - que é engenheiro químico, com licenciatura plena, especialista e mestre em Química Analítica e doutor em Físico-Química - desde 2009 ele vem corrigindo erros de questões de Química da Uepa e pede para se reunir com a banca para um debate a respeito do assunto, mas só recebe “cartinhas que concordam ou discordam”.

Gurjão afirma que a universidade já entrou em contradição ao tentar corrigir erros como a afirmação de que o raio do ferro é maior do que o do magnésio, em 2009, e depois afirmar que é o magnésio tem raio maior do que o ferro, em 2011.

“Em 2007 a Uepa montou uma pilha com uma “lâmina” de mercúrio e já mandaram medir o volume do ácido sulfúrico (que é um líquido e não um gás)”.
Tais erros já teriam levado colegas seus de outras universidades do país a fazerem chacota com os químicos do Pará.

Gurjão afirma que “não é babá para servir de revisor deles” e que cansou de escrever cartas para a instituição. Ele também afirma que “não existem duas químicas”, discordando da explicação de que as questões se referem a uma química para o ensino médio.

GABARITOS
A Diretoria de Acesso e Avaliação da Uepa divulgou ontem os gabaritos oficiais referentes à 1ª. etapa do Prosel e do Prise - Subprograma XV e à 2ª. etapa do Prosel e do Prise - Subprograma XIV, realizadas nos dias 27 e 28 de novembro, respectivamente. Duas questões foram anuladas na primeira prova: a de número 34, de Matemática, e 43, de Química. Da segunda prova, foi anulada a questão 36, de Física.
Em nota divulgada pela Agência Pará, explica a Uepa que o espaço entre a divulgação dos gabaritos preliminar (liberado horas após a realização dos exames) e oficial “respeita uma imposição do edital dos Processos Seletivos 2012, que garante a possibilidade de candidatos, professores, colégios e cursinhos entrarem com recursos para revisão de questões do certame.”

Uepa diz que há abertura a reclamações
A coordenadora da Assessoria de Comunicação da Uepa, Marcela Conde, disse que a posição do professor Robson Gurjão “é lamentável. A Uepa está de portas abertas para os cursinhos que são parceiros da universidade”. Segundo ela, vestibular “é um concurso público e tem que seguir todo um trâmite jurídico que consta do edital”.

A universidade divulga um gabarito parcial no seu site logo depois da prova e dá 24 horas de prazo para os cursinhos entrarem com recursos. Nesse prazo são feitas reuniões com a banca e são feitas avaliações com a participação dos cursinhos. Só 48 horas depois da prova e depois dessa avaliação é que é divulgado o gabarito oficial. “Toda denúncia que é feita é preciso provar, por isso tem oficializar”.
Marcela disse que Gurjão não pode desconsiderar os professores da banca do vestibular da Uepa que “são gabaritados”. A Assessoria de Comunicação informou ainda que foram feitos três recursos no vestibular 2012 e três questões foram anuladas, duas da primeira etapa e uma da segunda etapa.

  (Diário do Pará)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

É hora do Estado tomar nas suas mãos seu desenvolvimento


Mineradoras já cogitam ir à Justiça


A instituição da taxa de fiscalização sobre a produção mineral, que permitirá ao Estado fazer a cobrança de R$ 6, em valores de hoje, sobre cada tonelada de minério extraída do subsolo paraense, criou um clima de indisfarçável antagonismo entre o governo Simão Jatene e as grandes empresas mineradoras que atuam no Pará. O sindicato das empresas, que em nota já havia deixado implícito o propósito de levar o caso à apreciação da Justiça, agora confirma expressamente que este é o caminho a ser trilhado, caso a Assembleia Legislativa venha a aprovar o projeto.

A disposição de recorrer à Justiça foi anunciada ontem, em Marabá, pelo presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), José Fernando Gomes Júnior, que participava do I Simpósio do Setor Metal Mecânico, o Simpomec. “Caso a Assembleia aprove (o projeto), nós vamos à Justiça, porque a posição dos assessores jurídicos merece todo o nosso crédito e temos certeza de que a taxa é inconstitucional”, declarou José Fernando, acrescentando que cópias do parecer elaborado pela sua assessoria jurídica já foram encaminhadas aos deputados com assento na Assembleia Legislativa. “Esperamos que os deputados reflitam antes de aprovar essa taxa”, assinalou o presidente do Simineral.

Com entendimento totalmente oposto, o vice-governador Helenilson Cunha Pontes, respeitado tributarista no país, garantiu que a cobrança da taxa tem amparo legal e constitucional. “Quem tiver dúvidas sobre a constitucionalidade da taxa, deverá ler o artigo 23, inciso XI, da Constituição Federal”, disse Pontes, também presente ao Simpomec de Marabá. E acrescentou: “Esse artigo dá competência aos Estados para registrar, acompanhar e fiscalizar a exploração mineral no Brasil”.

De acordo com o vice-governador, é exatamente isso o que o Pará vai fazer - registrar, acompanhar e fiscalizar a exploração mineral. E não só mineral, mas também dos recursos hídricos. “É preciso que se diga que a taxa é apenas um instrumento da nova política mineral que o Pará está adotando”, assinalou o vice-governador, acentuando que será criado um cadastro completo e atualizado de todos os mineradores que atuam no Pará, de forma a permitir que o Estado assuma efetivamente a gestão dos recursos minerais existentes no seu território.

DEPUTADOS
Apesar do apelo do Simineral aos parlamentares, além da base aliada ao governo Simão Jatene, a oposição também já se posicionou favorável ao projeto de taxação mineral no Pará. Porém, a bancada do PT já anunciou que vai votar a favor, mas também vai apresentar três emendas ao projeto para que 50% da arrecadação sejam destinados a financiar os fundos de saúde, segurança pública e assistência social.

O líder do PV, Gabriel Guerreiro, também informou que vai apresentar emendas ao projeto, que segundo o deputado, não justifica o percentual de taxação, apenas copia o índice e Minas Gerais para chegar a um volume de arrecadação de R$ 800 a R$ 900 milhões anuais.

Outro problema apontado pelo líder Verde seria o modelo da cobrança, que em vez de imposto cria taxa. Segundo Guerreiro, imposto poderia ser repartido com os municípios produtores minerais. Já a taxa será arrecadada e absorvida na totalidade pelo Estado. (Diário do Pará)

Passagem para São Paulo


Edital Concurso Público para Universidade Paulista - UNIP

 O Programa de Mestrado/Doutorado em Engenharia de Produção da Universidade Paulista - UNIP informa aos interessados a abertura de concurso público para Professor.

Critérios e especificações da seleção
1º) Professor Doutor.
2º) Experiência em docência e pesquisa na área de Produção e Meio Ambiente.
3º) Publicações (livros e/ou artigos) aderentes à linha de pesquisa em Produção Mais Limpa e Ecologia Industrial e temas afins.
4º) Disponibilidade para tempo integral.

Documentos para candidatura
·         Curriculum Vitae - mod. Curriculum Lattes – CNPq.
·         Publicações dos últimos 5 (cinco) anos com comprovação.
·         Documentação dos Projetos de Pesquisa realizados ou em andamento,
·         Comprovação da titulação.
·         Foto 3 X 4 recente.
·         Demais comprovantes de curriculum vitae serão solicitados após a seleção.

A Seleção constará de
·         Análise do Curriculum Vitae.
·         Análise das publicações e da documentação de pesquisa.
·         Apresentação de seminário (30 minutos), sobre tema de pesquisa que será desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (área de concentração Produção e Meio Ambiente), e entrevista.

Período de inscrição e entrega de documentos
De 03 de outubro de 2011 a 30 de janeiro de 2012.

Local da inscrição e seleção
Campus Indianópolis - Secretaria de Pós-graduação da UNIP
Rua Dr. Bacelar, 1212 – 4º andar – Vila Clementino – São Paulo – SP – CEP 04026-002
Telefone: 11 5586-4145 com Débora.
E-mail para contato: ppgep@unip.br

Prova e Entrevista
06 de fevereiro de 2012 – 10 h (Análise da documentação).
13 de fevereiro de 2012 – 14 h – Seminário e entrevistas apenas para os convocados.

Resultado:
17 de fevereiro de 2012.

domingo, 27 de novembro de 2011

Entrevista: Jatene fala sobre plebiscito no Pará e sobre a taxa da exploração mineral


 No momento em que os eleitores discutem o projeto de separação que pode transformar o Pará em três e está trazendo à ribalta problemas históricos do Estado, o governador Simão Jatene colocou lenha na fogueira das discussões sobre os reais benefícios que a exploração mineral deixa aos paraenses.

Semana passada, enviou à Assembleia um projeto de lei que prevê a cobrança de R$ 6 por tonelada de qualquer minério extraído no Estado. Se transformado em lei, o projeto engordará os cofres públicos em quase R$ 1 bilhão por ano, o equivalente a duas vezes o que arrecadou com a venda das Centrais Elétricas do Pará (Celpa), em 1998.

Com uma base aliada dividida em meio à campanha separatista, Jatene afirma estar confiante de que o projeto passará, sem dificuldades pelos deputados. Mas a proposta deve enfrentar reações das empresas mineradoras, que já se articulam para conseguir a declaração de inconstitucionalidade da taxa.

Na última sexta, o governador recebeu o DIÁRIO para uma entrevista em que defendeu a aprovação da proposta e comentou as razões que o levaram a, finalmente, descer do muro e se manifestar publicamente sobre o plebiscito de 11 de dezembro. A manifestação foi publicada em artigo na edição do último domingo do DIÁRIO. Na entrevista, Jatene admite: se necessário, poderá entrar de cabeça na campanha contra a divisão.



P: Como surgiu a ideia do projeto de cobrar taxa sobre a exploração mineral?R: A ideia de que se precisa - pela própria dimensão que a mineração tem para o Estado - ter mecanismos mais eficientes, claros, bem definidos de controle e acompanhamento dessa atividade não é nova. Confesso que desde o governo passado isso era algo sobre o que sempre se conversava. Qual a melhor alternativa? Até porque se tinha uma discussão das próprias mudanças que a União deveria fazer no sentindo de ter um sistema melhor de controle e acompanhamento da exploração mineral.

P: Hoje essa é uma atividade sem controle do Estado?R: O que existe hoje é muito frágil.

P: É uma riqueza que está escorrendo pelo ralo?R: É um bem [os minérios] absolutamente estratégico. E a sociedade não tem mecanismos de controle eficientes, que possam contribuir para que efetivamente esse bem se constitua num elemento de desenvolvimento.

P: Qual a relação entre o controle de que o senhor está falando e cobrança da taxa?R: Essas duas coisas são absolutamente casadas. A taxa é um tributo que normalmente tem dois fundamentos. Um deles é a contraprestação de um serviço que o Estado oferece ao cidadão. Outra é o exercício do poder de polícia, que é a própria essência do Estado. Temos uma riqueza que é de toda a sociedade, que é estratégica, importante para o desenvolvimento da sociedade. Nada mais razoável que se tenha fiscalização sobre pesquisa, lavra e extração.

P: Como o governo chegou ao valor de R$ 6?R: Um conjunto de cálculos foi feito para que não se inviabilizasse a produção, não se perdesse competitividade, mas que se pudesse financiar essas atividades que o Estado tem que desenvolver para que possa efetivamente ter controle sobre a mineração.

P: Em Minas, eles têm um projeto semelhante, mas a taxa ficou em torno de R$ 2...R: O projeto de Minas tem algumas diferenças. Apesar de termos conversado sobre o tema. A nossa taxa vem colada a um cadastro. Em alguns casos, o projeto define que os microempreendimentos estejam isentos da taxa, mas não do cadastro.

P: Em Minas, a proposta é em torno de R$ 2 e no Pará de R$ 6. Por quê?R: O projeto de Minas é diferente. Em Minas, tem a ver com a exportação ou não. Alguns tipos de minérios estão isentos. No nosso caso, não. Será tudo.

P: Mas por que R$ 6?R: Você já ouviu falar de uma coisa chamada custo Amazônico? Para acompanhar e fiscalizar, precisamos ter o controle e acompanhamento de uma atividade que é pulverizada e vai exigir, em todo território, a presença do Estado com uso de tecnologia que permita efetivamente acompanhar a atividade.

P: Quanto essa cobrança vai render ao Estado?R: Em torno de R$ 800 milhões por ano.

P: Esse valor é quase três vezes a capacidade de investimento do Pará em 2011...R: Foi um ano atípico. No meu último ano de governo, em 2006, investimos cerca de R$ 1 bilhão e pouco. Infelizmente o Pará perdeu capacidade de investimento, que a gente está recuperando.

P: Esse dinheiro não fará grande diferença na capacidade de investimento?R: Não só na capacidade de investimentos. Faz uma grande diferença no exercício da gestão pública.

P: É forma de pressionar a União a resolver os problemas da lei Kandir?R: Não tem nenhuma vinculação. Eu continuo brigando para que a União resolva a questão.

P: Há controvérsia sobre a competência legal do Estado para instituir essa taxa...R: Eu não tenho nenhuma dúvida quanto essa competência. Seria negar que o Estado tem competência de cobrar taxas. Ninguém questiona as demais taxas que o Estado cobra. Não pode existir controvérsia.E isso não tem nenhuma relação com compensação da exploração dos recursos naturais. Para isso existe a CFEM [Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais].

P: Em Minas, o governo tem tido dificuldade para aprovar o projeto...R: Esse é um anseio antigo da sociedade paraense E minha expectativa é de que a Assembleia aprove essa taxa para que possa vigorar já a partir do ano que vem.

P: O senhor está preparado para uma batalha jurídica em torno do projeto?R: Para dizer que ele é inconstitucional teriam que desqualificar isso como taxa e chamar de outra coisa que ela não é.

P: Esse projeto não pode ser um fator de atrito entre o Estado e a Vale?R: Espero que não. Pelo contrário. Eu acho que toda empresa moderna deve desejar que a sua atividade passe pelo controle social.

P: No último domingo, o senhor divulgou artigo manifestando pela primeira vez, publicamente, sua posição sobre a divisão do Pará. Por que se manifestar nesse momento?R: Desde que se começou a discutir essa história, eu ponderei sempre algumas coisas. A primeira delas é que isso é uma coisa tão séria que tem que ser tratada com muita, mas muita responsabilidade, sem açodamento. O plebiscito é um instrumento fantástico de participação, mas o voto é tanto mais democrático quanto mais as pessoas souberem efetivamente sobre o que estão votando, sob pena de o voto acabar se constituindo elemento de chancela ou aval do desejo de grupos de interesses.

P: Não há informação suficiente sobre o assunto?R: Eu acho que essa é uma das questões mais sérias.

P: Então repito: por que se manifestar agora?R: Os programas foram seguindo uma escala de agressividade. Eu sempre disse que eu estava preocupado com dia da eleição, do plebiscito, mas não poderia deixar de ter uma atenção especial com o dia seguinte. No rumo que a campanha tomou, teremos mágoas e ressentimentos. Seja qual for o resultado, vamos ter um dia seguinte, e vamos ter que ter estratégias e projetos de desenvolvimento. Não conheço experiência bem sucedida de desenvolvimento em que autoestima do povo não seja um combustível fundamental. A campanha vinha na direção de quase destruir essa autoestima.

P: O que o levou a se manifestar foi o tom dos programas eleitorais?R: Claro. Se a minha preocupação, como governador, é com o dia da votação, mas, sobretudo, com o dia seguinte, tenho o dever de preservar a unidade do povo.

P: Mas se o objetivo da campanha do Sim é mostrar que dividir o Estado será melhor, não é natural mostrar que do jeito que está é ruim?R: Acho que você pode fazer propostas, indicar coisas, mas tendo compromisso com a verdade. Quer um exemplo claro? A história do FPE [Fundo de Participação dos Estados]. Desafio que qualquer pessoa com compromisso com a verdade e bom senso possa dizer que depois de 2012 o FPE vai ser assim ou assado. Existe uma determinação legal de que durante 2012 vamos ter que redefinir os critérios de distribuição. Como posso aceitar que se engane a população dizendo que vai crescer em R$ 3 bilhões? Isso não tem nenhum fundamento.

P: O senhor se sente pessoalmente atingido pelos programas eleitorais do sim?R: De jeito nenhum.

P: Eles mostram um Estado arrasado...R: Essa não é uma questão pessoal. É uma questão de povo. O Pará está vivendo seu maior desafio. Estamos sendo cobaias. Um plebiscito que se define sem que antes se saiba quem irá votar... Isso só foi resolvido depois. Existem hoje mais de 20 projetos de redivisão. Precisamos pensar o que está por trás disso.

P: O senhor vai entrar de cabeça na campanha?R: O que me motivou [refere-se ao artigo] foram a agressões ao povo do Pará. Não posso, como governador, aceitar que a nossa gente seja tratada como um detalhe.

P: Repito: o senhor poderá entrar de cabeça na campanha?R: Não pensei sobre isso.

P: Se for preciso, se as pesquisas indicarem?R: Se houver agressão, à nossa gente, eu não vou poder deixar de entrar. Terei necessariamente [que participar da campanha do não] porque esse é meu papel.

P: Aliados reclamaram...R: Não posso aceitar qualquer medida que possa provocar, contribuir, promover ou levar a que o debate sobre a divisão se transforme na divisão do povo.

P: O senhor foi acusado de ter feito promessa de se manter neutro e não ter cumprido...R: Se existe alguém que tem quase obsessiva preocupação com a coerência... Confesso que sou assim.

P: Mas fato é que o senhor disse que ia manter-se neutro...R: Não. Eu disse sempre que achava que não poderia contribuir para que a divisão levasse à ruptura de laços que a nossa gente tem. Na hora em que a campanha vem promovendo essa ruptura, não dizer nada é que seria incoerente.

P: E o relacionamento com a base aliada, como anda?R: Muito bom. Não tenho dificuldade de conversar com qualquer parlamentar. Independente de divisão ou não, todos temos compromisso com a população.

P: O senhor espera retaliações na Assembleia?R: Nem me passa pela cabeça.

P: Os deputados na campanha do sim devem temer retaliações pós-plebiscito?R: Jamais. Sou uma pessoa rigorosamente democrática.

P: O não vai vencer?R: Prefiro não me manifestar. Quero só dizer que continuo preocupado com o dia seguinte. Espero que as duas campanhas tenham maturidade e equilíbrio para mostrar pontos de vista sem agressões. (Diário do Pará)