quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE FIM DE ANO E NATAL

UM NATAL DE MUITA FELICIDADE, PAZ E ALEGRIAS E UM 2009 DE SUCESSO, SAÚDE E AMOR.

TENHO A CERTEZA QUE AS MUDANÇAS "OS CAMBIOS" (DOS QUE FALA MERCEDES SOSA NA MÚSICA A SEGUIR)SERÃO SEMPRE PARA MELHORAR, PARA ENGRANDECER O PARÁ E AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS COMUNIDADES MAIS CARENTES DA AMAZÔNIA. ESSAS SÃO NOSSAS EXPECTATIVAS.

QUE ESSAS MUDANÇAS CONTRIBUAM TAMBÉM PARA O CRESCIMENTO, EM TODOS OS SENTIDOS, DESSAS PESSOAS QUE OFERECEM SUA FORÇA E SUA ESPERANÇA POR UMA AMAZÔNIA COM MAIS EDUCAÇÃO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA, E QUE EM TROCA POUCO RECEBEM, ELAS CONTINUAM LUTANDO POR ESSE BRASIL DO FUTURO.

SÓ ESTAREI DE VOLTA NESTE BLOG A PARTIR DO DIA 10 DE JANEIRO DE 2009.


TODO CAMBIA - MERCEDES SOSA

CANCIÓN CON TODOS - MERCEDES SOSA

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

TAPAS E BEIJOS - Do Painel da Folha

Em recente inauguração, Agnelli foi chamado por Lula de "meu caro companheiro". Mas já levou pitos públicos do presidente. Em setembro passado, o motivo foram 12 navios que a Vale pretendia comprar da China. "Roger, você me desculpe, mas uma parte nós vamos ter que fazer no Brasil."

UM NOBEL NA EQUIPE DO OBAMA

COMPETÊNCIA NÃO FALTA.

Vencedor do Nobel de Física em 1997 e defensor de fontes alternativas de energia, como o etanol, Steven Chu foi nomeado ontem secretário de Energia do governo de Barack Obama.

AMAZÔNIA O MINISTRO MINC DERRUBA ADIAMENTO DE PUNIÇÃO POR DESMATE

O decreto com punições aos desmatadores ganhará uma terceira versão para impedir um retrocesso no combate ao desmatamento na Amazônia e a liberação do crédito aos infratores. A nova versão foi negociada por Carlos Minc, que, ao voltar de viagem, percebeu a inclusão de um artigo sem seu conhecimento e que suspendia a punição. A Casa Civil disse que o texto não havia sido incluído a tempo nos despachos do presidente, o que seria feito hoje. Pela redação, ficarão suspensas só punições fora da Amazônia e que tenham sido aplicadas antes de 21 de dezembro de 2007.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Deputado estadual é suspeito de pedofilia no Pará -CARLOS MENDES - Agencia Estado

BELÉM - A Promotoria da Infância e Juventude do Pará pediu a abertura de inquérito policial contra o deputado estadual Luiz Afonso Sefer (DEM) por crime de pedofilia contra uma menina de 13 anos, que aos 9 veio do interior do Estado para trabalhar na casa dele. O juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude, José Maria Teixeira do Rosário, recebeu e encaminhou ao Ministério Público (MP) um relatório social do Pró-Paz referente ao depoimento da garota, feito na presença uma parente.


Nesse depoimento, datado de 22 de outubro de 2008, ela conta ter sido abusada sexualmente por Sefer desde os 9 anos de idade. A Divisão de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Data) confirmou que já abriu inquérito para apurar o caso. Em nota, o MP informou que vai aguardar a conclusão das investigações e diligências que serão realizadas durante o inquérito policial para "tomar as devidas providências que o caso requer". O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), já tomou conhecimento do caso e deve convocar Sefer para depor em Brasília antes do recesso parlamentar.

Em pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa do Pará, no fim do qual recebeu a solidariedade de quase todos os colegas de plenário, Sefer negou hoje a acusação, afirmando estar sendo vítima de "linchamento moral" pela imprensa e de estar sofrendo chantagem para não ser denunciado publicamente por um locutor de rádio de Belém. O deputado não disse quem seria o autor da chantagem.


"Essa denúncia contra mim é volátil e inconsistente, não tem nenhum fundamento", disse o deputado, observando que a menina tem "problemas psicológicos" e que nunca se ajustou ao convívio familiar. "Não queria estudar e eu fiz tudo por ela, inclusive a matriculei em curso de informática, além de pagar aulas de natação." Para ele, a menor foi "induzida por alguém" a denunciá-lo.

CANDIDATURA DE CRISTOVAM BUARQUE PARA DIRETOR GERAL DA UNESCO RECEBE APOIO DE SENADORES

No dia 11, o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou, em Plenário, que o documento de apoio à indicação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) já conta com a assinatura de 77 senadores. No total, a Casa tem 81 parlamentares.

A informação foi dada durante a sessão de comemoração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A iniciativa do documento foi dos senadores Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e do próprio Paim com o objetivo de sensibilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que indique Cristovam para o cargo, garantindo, assim, mais uma presença do Brasil em cargos internacionais de grande destaque cultural e educacional. Hoje, o senador Cristovam Buarque é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Entre outras funções, ele já foi ministro da Educação no governo Lula.

Informações sobre as ações do Senado Federal podem ser obtidas no site www.senado.gov.br. Para conhecer as ações da Unesco, acesse www.brasilia.unesco.org.
(Com informações da Agência Senado)

DEPUTADO SEFFER SE DIZ INOCENTE

O DEPUTADO LUIS AFONSO SAFFER SE DIZ INOCENTE, FALA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E PEDE SOLIDARIDADE DE COLEGAS. A MAIORIA SE SOLIDARIZA COM O DEPUTADO.

São realmente assim as coisas da política no Pará?. O acusado de pedofilia fala, diz que é inocente e fica por aí mesmo. Não tem vítima, ela não tem direito nem quer falar, então o deputado é inocente. Eu não quero acreditar. Nessa Assembléia, ninguém, ninguém foi capaz de perguntar pela vitima?.

E a maioria manifesta sua solidariedade com o Deputado. Claro ele é influente político paraense de família tradicional. O Pai foi funcionário da SUDAM (conhecido pelo apelido de 20%), ele tem filhos já crescidos, uma família, e duas vidas.

Quando soube da notícia pensei nos filhos do Saffer, na sua esposa, Camile, colega nossa na UFPA. Pensei na minha filha de 9 anos, que corre pela vida com sua inocência plena de felicidade.

Pode até ser que o espírito humano ainda não seja completo, que falte muito para sermos verdadeiros seres humanos, entretanto, esses que pisam na lama que nos rodeia devem ficar em meio do podredouro se possível de por vida.

"BANCO CENTRAL É UM BANCO. DEVIA PROVER O CRÉDITO; NÃO AGIR COMO GOVERNO PARALELO" - Entrevista: Luiz Gonzaga Belluzzo

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor do Instituto de Economia da Unicamp, recusa do Banco Central em baixar os juros é a "reafirmação algo infantilizada de um princípio de independência que não hesita em colocar suas supostas prerrogativas à frente das prioridades da economia nacional num momento grave como esse". O BC, acrescenta, deveria ter uma ação enérgica para prover o crédito e impedir a passagem da crise financeira para uma crise da economia real.


Redação - Carta Maior



A decisão não surpreendente do Banco Central brasileiro, cujo comitê de política monetária, o Copom, reafirmou na última quarta-feira a supremacia de um capricho ideológico contra as evidências econômicas, a sensatez política e as urgências da sociedade brasileira, reavivou a lembrança de um diagnóstico feito em 2003, pelo então recém-eleito Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Terceirizaram o Brasil”, desabafou o novo mandatário ao tomar conhecimento do excesso de poder investido nas agências reguladoras pelos entusiastas do Estado mínimo, que há pouco haviam deixado o Palácio do Planalto.
Nos dias que antecederam a última reunião de 2008 do Copom, países com economias de escala e histórico distintos, como os EUA, a China, Japão, Inglaterra, Suécia e Tailândia, ademais do Banco Central Europeu , comando pelo nada heterodoxo Jean Claude Trichet, baixaram os juros. O mundo em geral opera atualmente em patamares cada vez mais distantes do pico mundial de 13,75% ostentado pela taxa Selic brasileira e reafirmado agora pela agência reguladora da moeda nativa. No Japão, por exemplo, a taxa básica é de 0,3%. Nos EUA, 1% e um novo corte não está descartado ainda este ano.
Imediatamente ao pronunciamento do Copom, BCs da Suíça, Taiwan e Coréia do Sul reafirmam esse distanciamento em relação ao blindado da ortodoxia tropical. Na quinta-feira pela manhã, a Coréia do Sul, cuja moeda enfrenta ataques especulativos, reduziria a taxa de juro ao patamar mais baixo da história, 2%.
A convergência mundial reflete uma ação coordenada de Estados e governos para resistir à “virada abrupta”. Ou seja, à passagem dura da crise financeira para uma crise da economia real. Trata-se de opor barreiras a uma espiral recessiva que se nutre de suas próprias crias e dejetos, desencadeando a partir daí um processo longo, penoso, quase incontrolável depois que se inicia.
Que fundamentos teriam capitaneado o BC brasileiro a uma constelação tão distante desse ansioso esforço de resistência planetária, ao qual se alia o governo Lula e o Presidente em pessoa?
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor - titular do Instituto de Economia da Unicamp, uma voz ponderada crescentemente ouvida e consultada pelo governo, mas também por empresários e lideranças sociais, não encontra razões técnicas para o fenômeno. “Assistimos à reafirmação algo infantilizada de um princípio de independência que não hesita em colocar suas supostas prerrogativas à frente das prioridades da economia nacional num momento grave como esse”.
Belluzzo vai ao ponto. E retoma com outras palavras o espanto de Lula em 2003. Ao vasculhar a literatura - “italiana, diga-se” - que consagra os “mandamentos universais” de um Banco Central independente, o professor da Unicamp e também presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, encontra sete dogmas que permitem a transmutação de um pedaço do Estado em força autonomista, dissociada da história e da democracia. O professor lê rapidamente o resultado de sua pesquisa. Um conjunto de prescrições que asseguram ao presidente de um BC e demais diretores, bem como às suas decisões, a vaporosa condição metafísica de entes não subordinados a nenhum tipo de escrutínio ou condicionalidade, exceto aqueles ditados pelos interesses do mercado financeiro.
“Resolvi fazer um adendo à literatura especializada”, ironiza Belluzzo que se permitiu resumir essas salvaguardas numa única norma: “Sugiro o seguinte”, diz ele, “artigo único: - O presidente do Banco Central é indicado pelos seus pares do mercado; cabe-lhe em seguida indicar o Presidente da República. Ponto. Revogam-se disposições em contrário”.
O recurso à ironia é sério. Reforça a preocupação do economista com a necessidade - urgência, seria melhor dizer - de se dotar o país de um comando coeso para coordenar ações de profundidade e abrangência requeridas para o enfrentamento da crise. “Em nenhum lugar do mundo o mercado financeiro tem o peso e a sacralidade que vemos no Brasil”, explica o presidente do Centro Celso Furtado. “Tudo bem”, ressalva, “nos EUA o mercado financeiro é o Estado, ou quase isso”, cutuca e pondera em seguida: “Porém, mesmo lá veja se o Bernanke (presidente do FED, BC dos EUA) não conversa com o Paulson (secretário do Tesouro, algo como ministro da Fazenda); verifique se não tomam decisões combinadas, coordenadas e coesas. Claro que tomam; aliás é o que têm feito todo dia nesta crise. Aqui, ao contrário", fulmina o professor da Unicamp, "a sociedade e, pior, os membros do governo, inclusive o Presidente da República, não podem sequer se manifestar sobre o comportamento dos juros. Quando mencionam o assunto devem fazê-lo em voz baixa, por metáforas. Ou cochichando. Caso contrário há chiliques; demissionários se oferecem ao mercado como heróis da causa autonomista; a imprensa, colunistas e demais círculos interessados, magnificam a importância desses gestos e protagonistas insuflando uma crise que contamina todo o mercado.”
O economista - que já teria sido convidado pelo Presidente da República para a direção do BC - afirma que mexer na instituição nesse momento seria um risco não recomendável. Mas admite que os “autonomistas” valem-se desse quase poder de chantagem para acuar a política econômica. Isso num momento em que a coordenação e rapidez das respostas de governo fazem a diferença entre a recessão ou a travessia controlada da crise.
“Os juros na ponta estão subindo fortemente nos últimos três meses; as condições de crédito pioraram; a virada da economia de um curso de crescimento vigoroso para seu oposto está sendo muito dura. Esse movimento brusco envolve desdobramentos sérios, perigosos e crescentes. Como pode um BC ficar indiferente a isso?”, questiona o professor da Unicamp. Belluzo defende que o BC deveria ter uma ação enérgica para prover o crédito e impedir a “virada” brusca sentida por vários setores empresariais. “Eles deveriam se espelhar no que vem fazendo o FED. Nos EUA", exemplifica, "o BC entrou inclusive no mercado de commercial papers (fazendo algo como descontos de duplicatas para empresas, de modo a evitar maior contração dos negócios)".
Ampliar a presença do Estado no mercado de crédito, através dos bancos públicos, é o último recurso, a seu ver, para impedir que a economia brasileira perca drasticamente sua dinâmica . “Os bancos públicos deveriam contrastar o setor financeiro privado; puxá-lo de volta ao financiamento a taxas factíveis; esse é o caminho". "Mas", ele se pergunta, "como reduzir o crédito público de forma substantiva se o BC não corta a taxa básica nem mesmo em 0,25 ponto?”. Belluzzo não deixa transparecer pessimismo. “Creio que estou sendo realistas; converso muito e o que me dizem, nos setores mais diversos, é que as dificuldades para produzir e empregar se avolumam”, adverte, para concluir em tom sereno mas contundente: “o BC não pode viver num a esfera apartada da Nação. O Banco Central é um banco; deveria agir como tal, desdobrando-se em esforços para prover a economia de crédito a custos compatíveis; e não se portar como um governo paralelo”.

NO MÊS DE NOVEMBRO BRASIL PERDEU US$ 7,2 BI E TEM MAIOR SAÍDA DE DÓLARES DESDE JANEIRO DE 1999

Da Folha

O Brasil registrou uma saída de US$ 7,159 bilhões no mês de novembro devido à piora na crise econômica internacional. O número, divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central, é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período.

Trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Na época, o fluxo ficou negativo em US$ 8,587 bilhões.

O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 3,139 bilhões (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 10,298 bilhões, o pior resultado desde a saída de US$ 11,265 bilhões registrada em dezembro de 2006.

No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 5,39 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 48,02 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 42,63 bilhões.
No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado uma entrada de US$ 82 bilhões por meio do fluxo cambial.

Os dados do BC também mostram que o crédito para exportadores por meio de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) ficou estável em relação ao mês anterior.

Os contratos de ACC somaram US$ 3,683 bilhões em novembro, ante um resultado de US$ 3,695 bilhões em outubro. Até setembro, a média mensal de contratos era de US$ 3,9 bilhões.

Na primeira quinzena do mês passado, os contratos tiveram uma média diária de US$ 137 milhões, ante US$ 232 milhões na segunda metade do mês.
Esse mecanismo permite que uma empresa possa receber adiantado o dinheiro de um contrato de exportação. Para isso, ela usa contrato para buscar o crédito em um banco. A crise internacional de crédito havia reduzido essas linhas, o que ajudou a pressionar a cotação da moeda no Brasil.

sábado, 13 de dezembro de 2008

APENAS 9 ANOS - DO BLOG DO BACANA DO PARÁ

É esta a idade da menina que foi abusada pelo deputado acusado de pedófilia no Pará. Ela é do interior e tem 9 anos. A idade da minha filha

Nove anos. E vem sendo agredida não é de hoje. O que será que alguém que abusa de uma criança de 9 anos merece?

Eu, sinceramente, prefiro não responder.

O deputado pedófilo parece que não escapa não. O caso chegou a Brasília e nem todo o dinheiro do mundo deve salvar o couro do pervertido. Amém!

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DEPUTADO DO PARÁ ACUSADO DE PEDOFILIA - DA COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

Da vergonha constatar que nenhum, jornal, nenhum mesmo - jornal do Pará tenha divulgado, até hoje, o nome do deputado envolvido em crime de pedofilia.

Foi aqui em Brasília que um jornalista, que pouco conhece o Pará, denunciou o caso. Claro o silêncio dos jornais paraenses, deve ser para não cometer o "risco" de acusar inocentes.



O deputado estadual Luiz Afonso Sefer, líder do DEM na Assembléia do Pará, está sob investigação do Ministério Público por suposto crime de pedofilia contra uma menina de dez anos. Médico e empresário, dono de rede de hospitais, Seffer afirmou a esta coluna que não foi informado oficialmente da denúncia, por isso não se considera envolvido em nada. “Como vou me defender de algo que ainda não existe?”, pergunta.
Investigador

Cláudio Humberto destaca que o Deputado Luiz Afonso Seffer é suplente na CPI da Pedofilia da Assembléia que investiga denúncias de abuso sexual contra crianças na ilha de Marajó.

A Promotoria de Justiça da Infância no Pará confirmou que investiga deputado acusado de pedofilia, mas só se pronunciará segunda-feira.

Dilma abre encontro petista com críticas à era FHC

Nesta sexta (11), Dilma Rousseff trocou o expediente de ministra pela agenda de candidata.

do Blog de Josias de Souza: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html

Discursou na abertura de um encontro de prefeitos do PT, num hotel de Brasília.


Na aparência, a candidata é muito diferente da ministra. É mais risonha.

Foi vestida a caráter. Recobriu o corpo com um terninho vermelho-PT.

A troca dos óculos de aro grosso por lentes de contato deu-lhe um cenho menos sombrio.

No discurso, a presidenciável faz lembrar o presidente que constrói a candidatura dela.

Agarrada a imagens encontradiças nas falas de Lula, Dilma investiu contra o tucanato.

Para desancar a gestão de FHC, a candidatura recorreu à comparação:

"A nossa visão de Estado não é neoliberal", disse ela a certa altura.

"Somos um governo com responsabilidade fiscal, mas também social".

"Quando um governo [...] escolhe entre fazer ou não o Bolsa Família, ele escolhe fazer a política legítima".

Dilma realçou também diferenças econômicas. Disse que a situação atual é oposta à da fase pré-Lula:

"Nós, hoje, temos uma situação completamente diferente do que existia antes de 2003..."

"...Uma situação que construímos e a capacidade do governo de reagir perante a crise."

Interrompeu-se, no dizer da ministra-candidata, o "ciclo ocioso" do Brasil.

"Nas crises até 2001, 2002, a crise começava lá fora, contaminava o Brasil pelo câmbio..."

"...Éramos frágeis e quebrávamos. Aí íamos ao Fundo Monetário..."

E o FMI "mandava cortar investimentos sociais. A diferença é radical, temos todos os investimentos para reagir".

A aparição de Dilma teve efeitos instantâneos.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, viu-se compelido a afirmar: "Não há nenhuma resistência a ela no partido".

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que, na pele de candidata, a ministra começa mal:

"Se a ministra quer ser candidata, tem que dizer o que pretende fazer. Esse discurso de olhar para trás é inadequado para quem quer pensar o futuro".

Lula cede às pressões da bancada ruralista e anistia desmatadores - 12/12/2008

O Greenpeace, antes aliado do povo agora inimigos do povo



Link: http://www.greenpeace.org.br


Uma semana depois de anunciar metas de redução de 40% no desmatamento irregular, presidente assina decreto que incentiva a destruição das florestas.

O presidente Lula assinou na quinta-feira (11/12) um decreto que anistia por um ano os desmatadores - durante esse período, o IBAMA fica impedido de cobrar as multas aplicadas. O decreto 6.686 que altera o 6.514, assinado em junho de 2008, diz que a cobrança das multas relativas à ocupação irregular de reserva legal e desmatamento serão suspensas até o dia 11 de dezembro de 2009. Para ser beneficiado, o desmatador só precisa apresentar o protocolo de pedido de regularização da reserva legal junto ao órgão ambiental competente.

O decreto atende às pressões da bancada ruralista, que comemorou a iniciativa do presidente dizendo que ganhou tempo para trabalhar pelo fim da exigência da reserva legal e pela transformação da anistia em uma medida definitiva, com a alteração do Código Florestal. Na semana passada, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes defendeu publicamente anistia a quem desmatou e ocupou ilegalmente áreas de preservação permanente (APP) até julho de 2007. “O governo Lula agiu como sempre faz com as questões ambientais. A proteção do meio ambiente fica só no discurso porque na prática, ele sempre acaba cedendo às pressões da bancada ruralista”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.

A medida vai totalmente na contra-mão do discurso do governo com o Plano de Mudanças Climáticas, anunciado no dia 6 de dezembro. O plano do governo está sendo apresentado hoje na Conferência do Clima, na Polônia, pelo ministro do meio ambiente Carlos Minc, como o principal compromisso do país na luta pela redução das emissões dos gases do efeito estufa. “Como é que o governo vai cumprir a meta se ele estimula a impunidade para quem desmata?”, questiona Leitão.

O estímulo do governo brasileiro ao desmatamento é uma preocupação que já atravessou as fronteiras do país. Nesta semana, o Comitê de Cooperação Econômica e Desenvolvimento do Parlamento da Alemanha enviou uma carta expressando a preocupação do governo alemão, parceiro do Brasil em vários programas ambientais, com as propostas de alteração do Código Florestal. A carta endereçada aos ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, é assinada por dois membros do Parlamento alemão – Thilo Hoppe, do Partido Verde e presidente do Comitê de Cooperação Econômica e Desenvolvimento; e Christian Ruck, do Partido Conservador CDU/CSU (o mesmo partido da chanceler Angela Merkel).

“A atitude da Alemanha é extremamente preocupante em um momento em que o governo brasileiro define metas de redução do desmatamento vinculadas a doações de recursos internacionais”, diz Leitão.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL ESTÁ A Í

ALGUMAS POSTAGEM SERÃO DEDICADAS A LÍDERES DA ESQUERDA DA AMÉRICA LATINA QUE NO BRASIL NOSSOS "ESQUERDISTAS" JÁ SE ESQUECERAM. CLARO, PREOCUPADOS EM TOMAR OU ABSORVER E DESFRUTAR O PODER NEM OLHAM PARA OS RINCÕES DA AMÉRICA MORENA.

UM OUTRO LIDER DA ESQUERDA DA AMÉRICA LATINA - QUASE ESQUECIDO PELA ESQUERDA BRASILEIRA ESTÁ AÍ. VEJA O VÍDEO.

A DISTORCIDA IMAGEM DE CHAVES NO BRASIL

Apesar das diferentes condições da realidade brasileira, se comparada com a venzuelana, muitos brasileiros gostariam fazer o que Chaves já fez na Venezuela. Por outro lado, ficam mudos e até aventuram, sem conhecer a história da américa Latina, uma crítica, não apenas a Chaves, bem como a todos os que lutaram pela libertade da América.

De uma olhada ao VIDEO embaixo, como os representantes mexicanos familiares do Emiliano Zapata, líder da primeira revolução social do século, conferem uma medalha ao Presidente Chaves.

Eu não concordo com Chaves, entretanto já concordei com o Che quando disse que “em uma revolução se triunfa ou se morre, se é verdadeira”.

Ou como disse mais de uma vez o Vice Presidente José Alencar "que não teme à morte, o que teme é perder a dignidade".

Digo isto porque o todas as atitudes do Chaves e da maioria dos lideres que lutaram pela liberdade ou que pregaram a revolução na América Latina, foram feitas de cara ao povo, só as oligarquias conseguiram impor suas decisões quando atuavam em gabinetes ou nos quarteis, escondidos da população e da sociedade. Olhe para isso e me diga se estou equivocad ou não.

Exemplo para muitos políticos paraenses e para aqueles que não são políticos e querem alcançar esse status.


10 QUESTÕES PARA ENTENDER O TREMOR NA ECONOMIA - artigo da FOLHA - EXTENSO MAS INTERESSANTE

10 questões para entender o tremor na economia

da Folha de S.Paulo

O que era uma onda de calotes no mercado imobiliário dos Estados Unidos se transformou em uma crise nos mercados de ações, de crédito e de câmbio do planeta --e os efeitos já começam a chegar ao comércio, aos empregos e ao cotidiano de todos. As próximas páginas procuram trazer à linguagem comum as origens da crise, a dinâmica do mundo financeiro e os desafios a serem enfrentados pelo Brasil.

Leia a seguir dez explicações que ajudam a entender a atual crise:

1 - Como um momento de euforia econômica se transforma em pânico financeiro?
2 - Se as autoridades culpam os especuladores, por que a especulação não é coibida?
3 - Por que os bancos quebram? Por que são socorridos?
4 - De onde os bancos centrais tiram dinheiro para injetar nos bancos?
5 - Se as ações não estão diretamente envolvidas na crise, por que as Bolsas desabam?
6 - Por que o governo não consegue controlar a cotação do dólar?
7 - O que acontece em uma recessão?
8 - Por que o Brasil tende a crescer menos?
9 - Por que as empresas brasileiras que nada têm a ver com as origens da crise tiveram prejuízos milionários?
10 - Quais são as opções do governo brasileiro para lidar com os efeitos da crise?


1 - Como um momento de euforia econômica se transforma em pânico financeiro?
Crises especulativas como a atual --documentadas desde o século 17, com dimensões variadas-- são sempre gestadas em momentos de juros baixos e crédito farto, mais comuns em fases de prosperidade. E a economia mundial vivia o melhor momento desde a década de 70.

O acesso mais fácil ao dinheiro reduz a noção geral de risco. Tanto profissionais do mercado quanto cidadãos comuns se tornam mais propensos a investimentos ousados, em busca de lucros mais altos e rápidos.

Nesse cenário, surgem as 'bolhas': um tipo de investimento -sejam ações, moedas, imóveis, empréstimos ou, em tempos mais remotos, canais, ferrovias e até tulipas- se torna uma mania e se valoriza muito além das reais possibilidades de retorno. Cria-se um círculo vicioso: quanto mais gente entra no mercado, mais ele se valoriza; quanto mais se valoriza, mais gente entra.

No caso atual, a bolha foi criada no mercado imobiliário americano, antes de se disseminar por outros mercados e países. Casas e apartamentos com preços em alta serviam de garantia para financiamentos imobiliários que ajudavam a elevar os preços. A espiral culminou em financiamentos de altíssimo risco para clientes sem capacidade de pagamento.

Os participantes do mercado sabem que a festa não vai durar para sempre. Paradoxalmente, isso estimula a corrida à especulação: os investidores querem aproveitar a oportunidade antes do estouro da bolha.

Como se sabe que a situação é insustentável, o primeiro sinal --quebra de banco, disparada de uma moeda, moratória-- causa pânico geral, e todos querem fugir ao mesmo tempo e multiplicam as perdas. Decisões individuais racionais, portanto, podem levar a comportamentos coletivos irracionais.

2 - Se as autoridades culpam os especuladores, por que a especulação não é coibida?
Os especuladores, tratados no coletivo e no anonimato, são bodes expiatórios convenientes quando as crises explodem. Evoca-se a antipatia dedicada aos gananciosos que desejam enriquecer sem produzir, deixando em segundo plano os questionamentos à política econômica ou à atuação dos órgãos reguladores.

Propostas para restringir a especulação são antigas e periodicamente lembradas. A mais famosa, do economista americano James Tobin, é a de criar um imposto sobre todas as transações financeiras, uma espécie de CPMF global, para tornar mais lentos e mais caros os movimentos do mercado. Nas palavras de seu idealizador, jogar 'um pouco de areia' nas engrenagens do sistema.

Passadas as crises, no entanto, as ameaças e limites impostos aos especuladores são esquecidos ou contornados. Em parte porque o setor financeiro é influente no mundo das idéias e da política, mas, principalmente, porque a especulação é um dos motores da economia de mercado.

Os especuladores --aqueles unicamente interessados em comprar e vender com lucro- viabilizam e expandem os mercados de ações, de moedas e de títulos. Se não fosse a especulação, só compraria ações, por exemplo, uma meia dúzia de fato interessada em se tornar sócia de uma empresa.

A riqueza financeira se distancia cada vez mais dos valores que enxergamos diariamente. Em 1980, o volume de dinheiro aplicado no mercado financeiro era 20% superior à riqueza produzida no mundo. Em 2006, mais de 200%.

O Produto Interno Bruto global, no período, quase quintuplicou, de US$ 10 trilhões para US$ 48 trilhões. Mais espantoso foi o salto do volume de dinheiro aplicado nos bancos, em títulos e ações, que foi de US$ 12 trilhões para US$ 167 trilhões. Mais dinheiro no mercado significa mais possibilidades de investimento e crescimento -e mais riscos também.

3 - Por que os bancos quebram? Por que são socorridos?
Uma pessoa ou uma empresa quebrada é a que não consegue pagar suas dívidas. Um banco quebrado é o que emprestou dinheiro a quem não conseguiu pagar as dívidas, como mutuários do subprime americano.

O papel do sistema financeiro é intermediar o encontro entre os que desejam poupar e os que desejam investir. Sua tarefa é selecionar pessoas e empresas mais aptas a progredir e a conseguir pagar com juros o dinheiro recebido. Os menos aptos pagam juros maiores para compensar o risco.

Nos financiamentos imobiliários tradicionais, o banco empresta recursos da poupança. Para os mutuários sem emprego, sem documentos e sem garantias dos EUA, a operação foi muito mais sofisticada.

Os empréstimos serviram de base para títulos que proporcionavam a seus compradores os superjuros cobrados nos financiamentos imobiliários. De pequeno valor unitário e livremente negociáveis, títulos permitem que os credores se tornem múltiplos e anônimos.

Os títulos, por sua vez, serviram de base para derivativos, ou seja, contratos em que as partes perdem ou ganham a partir da variação de um ativo financeiro, muito semelhante a uma aposta num cassino.

A sofisticação não removeu o obstáculo mais prosaico e previsível: os pobres-coitados que habitam a economia real não puderam mais pagar as dívidas.

Administradores de poupança pública, os bancos podem provocar perdas generalizadas ao quebrar. E, quanto maior o erro, maior a chance de socorro por governos que querem evitar ou atenuar uma onda de falências e desemprego.

4 - De onde os bancos centrais tiram dinheiro para injetar nos bancos?
Os bancos centrais, mesmo os que estão formalmente subordinados a governos, como o brasileiro, têm poder de decisão para movimentar diariamente enormes quantias, necessárias para a execução da política monetária, ou seja, de controle do volume de dinheiro e crédito na economia.

Dos seus superpoderes, o mais usual e importante são as operações de mercado aberto, em que se negociam títulos com bancos. Quando querem elevar a oferta de moeda e reduzir juros, os bancos centrais compram títulos --como fizeram na semana passada os seis principais BCs do mundo.

Quando se deseja um aperto monetário, como o BC brasileiro vem fazendo para conter a inflação, vendem-se títulos, e há menos dinheiro na praça. Os juros dessas operações servem de base para as demais operações da economia e, por isso, são chamados de "taxa básica".

Para regular a oferta de crédito, os bancos centrais recolhem parte dos depósitos em contas correntes e aplicações financeiras. Nos últimos dias, o BC brasileiro liberou mais de R$ 100 bilhões desse recolhimento compulsório para tentar conter queda do volume de empréstimos e financiamentos.

Por fim, os bancos centrais têm o papel de atender, a seu critério, bancos que não conseguem obter no mercado recursos para operações diárias. Por maiores que sejam, esses empréstimos à base de emissão de moeda só resolvem problemas momentâneos de liquidez.

Se o banco tem problemas patrimoniais, ou seja, se o dinheiro dos devedores for insuficiente para saldar compromissos, seus donos têm de entrar com mais capital. Se não têm dinheiro, a solução do momento é achar um sócio --o governo, ou, mais exatamente, dinheiro dos contribuintes.

5 - Se as ações não estão diretamente envolvidas na crise, por que as Bolsas desabam?
Quem compra ações se torna sócio de uma empresa e, portanto, espera lucros com a expectativa de crescimento futuro da economia. Se as expectativas para os próximos meses e anos se tornam sombrias, os investidores se desfazem das ações, e o movimento de venda em massa derruba os preços.

Ainda que a maior parte dos participantes do mercado não queira relações duradouras com as empresas, mas apenas comprar e vender com vantagem suas participações, a valorização das ações depende das perspectivas para a empresa em particular e para o mercado em geral.

Ações de empresas diretamente envolvidas na crise, como as de bancos que se aventuraram no crédito arriscado ou nos derivativos a ele atrelados, tendem a cair mais, mas as demais tampouco estão a salvo.

Os mercados financeiros são interligados em todo o mundo. Um investidor que teve prejuízo com derivativos no Japão, por exemplo, pode ser obrigado a vender ações no Brasil para cobrir as perdas.

Ações são o que se chama de investimento de renda variável. Diferentemente de quem aplica na poupança ou em um CDB, os compradores de ações não sabem quanto nem quando vão ganhar. Sabem apenas que pretendem ganhar mais do que oferecem as opções conservadoras de renda fixa.

Não por acaso, há uma sucessão frenética de compras e vendas nas Bolsas, o que faz o índice geral das ações alternar altas e baixas em questão de minutos. O mercado brasileiro, com grande presença de capital estrangeiro e concentrado nas ações de poucas empresas grandes, como a Petrobras e a Vale do Rio Doce, tende a ser ainda mais volátil --ou seja, apresentar percentuais mais elevados de alta ou de baixa- do que a média das Bolsas de Valores do mundo.

Emoções à parte, quando se observa o comportamento do mercado em períodos mais longos, medidos em décadas, a tendência geral é sempre de alta -porque, afinal, também assim funciona, aos trancos e barrancos, o capitalismo.

6 - Por que o governo não consegue controlar a cotação do dólar?
O câmbio é o preço mais importante da economia, mais ainda em países, como o Brasil, cujas moedas não são aceitas como pagamento de importações ou pagamento de dívidas com o exterior.

O preço do dólar afeta o comércio, a inflação, as contas do governo, o crescimento econômico e a popularidade dos governantes.

Ainda assim, o governo passou os últimos anos tentando, sem sucesso, segurar a valorização do real -e as últimas semanas tentando, também inutilmente, deter a disparada do dólar. Devido a essa incapacidade, proclama-se oficialmente, desde 1999 que o câmbio é livre no Brasil.

Não é difícil entender: o mercado de câmbio é o maior dos mercados financeiros, com movimento diário de US$ 3 trilhões a US$ 4 trilhões que podem ir de um extremo a outro do planeta em alguns segundos.

Mesmo as nada desprezíveis reservas de US$ 200 bilhões acumuladas pelo Banco Central poderiam virar farelo se o governo tentasse, como no passado, administrar sua taxa de câmbio em um cenário de livre fluxo de capitais.

Para manter o câmbio, o governo precisa atender aos movimentos de compra e venda do mercado: se falta dólar, precisa vender suas reservas para ampliar a oferta e evitar uma disparada das cotações; se sobra, compra o excesso para manter o preço estável.

Nos últimos meses de câmbio administrado, o país precisava paralisar sua economia com juros de 40% ao ano na tentativa de atrair os dólares necessários.

Mas esse não é um caso de incompetência nacional. Os Estados Unidos e o Japão adotaram o câmbio flutuante na década de 70, e a Europa, nos 90.

Onde houve liberdade, o fluxo de capitais derrubou o sistema de cotações que havia sido acertado entre os países na conferência de Bretton Woods, em 1944 -a última iniciativa de controle das finanças globais, sempre lembrada em tempos de crise e esquecida logo depois.

7 - O que acontece em uma recessão?
Uma recessão começa quando investidores acreditam que a hora não é boa para investir e consumidores crêem que a hora não é boa para consumir. E, na tentativa de protegerem sua riqueza, todos empobrecem.

O desalento não é um mero estado de espírito. Empresas e famílias afetadas pela crise perderam efetivamente condições de investir e consumir, como os donos de ações e imóveis que perderam valor. Não se trata de um caso em que uns perdem e outros ganham, num jogo de soma zero: essa riqueza simplesmente desapareceu.

Quando não se confia no futuro, o medo toma o lugar da ganância. Evita-se emprestar dinheiro e procura-se poupar para dias difíceis. Mas, com a retração de investimento e consumo, empresas vendem menos; com a queda nos lucros, há mais demissões; com menos renda, as famílias cortam o consumo, e o ciclo recomeça.

Tecnicamente, os economistas consideram que há uma recessão quando o PIB (Produto Interno Bruto) cai por dois ou três trimestres consecutivos. Quando se imagina uma queda profunda e prolongada do PIB, fala-se, mais dramaticamente, em depressão --mas, após a década de 30, nenhum período da história econômica mundial chegou a merecer o termo.

Recessões mundiais são raras: na história recente, não há casos de anos em que o PIB global tenha terminado menor do que começou. Em 1982, em meio à crise da onda de calotes do Terceiro Mundo, a economia mundial cresceu 0,9%, e desde então não houve resultado pior. No Brasil, a pior recessão ocorreu em 1990, quando o Plano Collor confiscou depósitos bancários e o PIB caiu 4,4%.

8 - Por que o Brasil tende a crescer menos?
Depois de dois anos seguidos de expansão econômica na casa dos 5%, o governo já decretava que fazia parte do passado a comparação entre o crescimento brasileiro e um vôo de galinha. Agora, a galinha está prestes a pousar mais uma vez.

Não há, até o momento, previsões de recessão, mas é consensual que os percentuais de crescimento serão mais modestos em 2009. Andar mais devagar não é tão ruim quanto andar para trás, mas os efeitos econômicos e políticos são da mesma natureza.

O Brasil já sofre com a retração mundial do crédito. Boa parte do dinheiro emprestado aqui dentro é obtida lá fora. Com recessão nos Estados Unidos e na Europa, encolhe o mercado para as exportações brasileiras, que também cairão de preço. Multinacionais tendem a cancelar ou adiar planos de expansão no país.

Outra ameaça é a recente disparada do dólar, que não se sabe onde ou quando vai parar. Se o dólar se mantiver alto, importações ficarão mais caras e a inflação tenderá a subir. Nesse caso, o Banco Central, na contramão do resto do mundo, poderá optar por subir ainda mais os juros e conter o consumo, o investimento, o crescimento e os preços.

9 - Por que as empresas brasileiras que nada têm a ver com as origens da crise tiveram prejuízos milionários?
Empresas entram no mercado de derivativos para se protegerem de perdas, enquanto os especuladores assumem os riscos para ganhar. Sadia, Aracruz e Votorantim --entre muitas outras, teme-se-- acabaram participando de uma tentativa de fazer as duas coisas.

Embora o nome cause estranheza, derivativos fazem parte do cotidiano de quem faz, por exemplo, o seguro de um automóvel. O dono do carro não quer sair mais rico do negócio; quer simplesmente uma operação que, se for preciso, renderá dinheiro suficiente para cobrir possíveis prejuízos de sua atividade de motorista. É o que se chama de hedge.

Na outra ponta da operação, está um especulador apostando que o carro não será batido nem roubado, a seguradora. Se a aposta estiver correta, ela ficará com o prêmio pago pelo dono do carro.

Os demais derivativos podem ser mais complexos, mas seguem os mesmos princípios. Empresas exportadoras, com receita em dólar, buscam se proteger de uma desvalorização vendendo a moeda americana no mercado futuro por uma cotação considerada razoável. Se o dólar mudar de patamar, a perda em receita será compensada pelo derivativo.

Como o dólar caía sem parar, os bancos passaram a oferecer às empresas operações que prometiam ganhos superiores ao necessário para cobrir riscos de perdas. O que era hedge virou especulação. E dava lucro, até a crise provocar uma alta inesperada do dólar -que, se não for revertida, poderá revelar mais empresas no jogo e perdas maiores.

10 - Quais são as opções do governo brasileiro para lidar com os efeitos da crise?
A primeira reação do governo tem sido tentar evitar ou atenuar a secura de crédito, cuja expansão foi um dos motores da economia brasileira nos últimos anos, embora retórica oficial prefira dar mérito ao PAC.

Mas, como aconteceu em todas as crises recentes, o país pode ser obrigado a escolher entre crescimento e inflação --sacrificar o primeiro para evitar a segunda ou, na alternativa menos conservadora, tentar acelerar um correndo o risco de impulsionar a outra.

No primeiro caso, a receita é conhecida: os juros são mantidos ou até elevados, e o mesmo é feito com a meta de superávit primário (a parcela da arrecadação tributária destinada ao abatimento da dívida pública). As medidas reduzem o consumo público e privado, esfriam a economia e ajudam a impedir que a alta do dólar se transforme em aumento da inflação.

Esse era o cenário traçado antes do agravamento da crise, quando as atenções do governo se voltavam para a rápida piora da balança comercial, efeito colateral do consumo em alta. O projeto de Orçamento de 2009 já contempla a possibilidade de aumentar superávit primário.

Mas a perspectiva de contração econômica acima do esperado levou setores menos ortodoxos da equipe econômica a falar, até aqui no anonimato, em medidas pró-crescimento, de mais gastos públicos, menos impostos e menos juros. É o que os economistas chamam de política anticíclica: quando a economia vai bem, o governo faz mais economia; quando vai mal, gasta-se. No caso brasileiro, já não há mais tempo para a primeira parte do plano.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

EMPRESAS VENCEDORAS DO PRÊMIO FINEP DE INOVAÇÃO 2008

Agora, às 16:00h, no Palácio do Planalto, com a presença do Vice-Presidente da República José Alencar, foi entregue o Prêmio de Inovação Tecnológica 2008, Etapa Nacional.

Segue a relação de empresas, instituições e projetos ganhadores do Prêmio:

CATEGORIA INSTITUIÇÕES DE C&T
Centro Internacional de Tecnologia de Software — CITS, representando à Região Sul.

CAREGORIA TECNOLOGIA SOCIAL
Instituto Palmas de Desenvolvimento e Socioeconomia solidária, Nordeste

CATEGORIA MEDIA EMPRESA
Scitech Produtos Médicos Ltda. (produtos médicos, do Centro Oeste.

CATEGORIA PEQUENAS EMPRESAS
Engineering Simulation Scientific Software Ltda.Também da Região Sul.

Diferentemente de anos anteriores, que as empresas, apenas, recebiam um diploma, neste ano receberão linhas de crédidos com recursos específicos para realizar investimentos em inovação nas suas projetos.

O Vice-Presidente, que foi longamente aplaudido de pé pela comunidade acadêmica e empresas que participavam da homejagem, destacou a importância do Prêmio e ressaltou que só as empresas que inovam estão na dianteira do processo competitivo do País.

O Vice-Presidente, justificou a ausência do Presidente da República no evento, Apesar de estar agendada, sua participação, disse, foi impossível comparecer. Para ressaltar a importância que o evento tinha para o Palácio do Planalto, o Vice-Presidente José Alencar deu leitura a o próprio discurso que Lula tinha preparado para a ocasião.

Foram, ainda, vencedores nas categorias especiais Grande Empresa e Inventor Inovador, respectivamente, a Brasilata Embalagens Metálicas e o químico Jairton Dupont.

GANHADORES DO PRÊMIO FINEP DE INOVAÇÃO 2008 – SERÃO CONHECIDOS HOJE NO PALÁCIO DO PLANALTO

Em evento que se realizará hoje, 10.12.2008, no Palácio do Planalto, às 15:00h, com a presença do Presidente da República, será anunciado o PRÊMIO FINEP de Inovação Tecnológica — Etapa Nacional

Ontem foram julgadas, em Brasília, pelo Júri Nacional, as 19 propostas que resultaram vencedoras das etapas regionais e concorrem ao PRÊMIO NACIONAL nas seguintes categorias:

INSTITUIÇÕES DE C&T
SENAI Departamento Nacional (CO)
Centro Internacional de Tecnologia de Software — CITS (S)
Agência de Inovação INOVA — UNICAMP (SE)
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica — FUCAPI (NO)


TECNOLOGIA SOCIAL
Institutos Kairos (SE)
Sociedade Eticamente Responsável — SER (S)
Instituto Palmas de Desenvolvimento e Socioeconomia solidária (NE)
Pólo de proteção da biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais (N)
Escola de educação básica e profissional Fundação Bradesco (CO)


MEDIA EMPRESA
Altus sistemas de Informática SA
Scitech Produtos Médicos Ltda. (produtos médicos)
Módulo Security Solutions S/A (SE)
Fotosensores Tecnologia Eletrônica LTDA (NE)


PEQUENAS EMPRESAS
Orbital Engenharia LTDA (SE)
S.A. Pharmacos e cosméticos LTDA
ARMTEC Tecnologia em Robótica LTDA.
Gebert & Cia Ltda (CO)
Engineering Simulation Scientific Software Ltda.

O Prêmio FINEP é o "OSCAR" de inovação das empresas e projetos que se destacam por utilizar a inovação tecnológica para aumentar sua competitividade. E apenas uma de cada categopria será a vencedora que às 15 horas será anunciada no Palácio do Planalto.

Aguarde o resultado.

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL— CMN DEFINE PREÇO MÍNIMO PARA PRODUÇÃO EXTRATIVA DA PIAÇAVA

Produto é o quarto que passa a ter valor assegurado pela política do
governo


Decisão do Conselho Monetário Nacional, publicada essa semana, definiu o preço mínimo da piaçava, incluída desde maio na política nacional de preços mínimos do Ministério da Fazenda. É o quarto produto extrativista que passa a ter preço assegurado pelo governo, beneficiando comunidades da Amazônia e da Bahia, que vivem da coleta e processamento da fibra. O CMN resolveu, ainda, que a carnaúba e a borracha natural (seriga) terão seus preços definidos por portaria do Ministério da Agricultura. As aquisições do governo federal vão assegurar que, não havendo mercado pelo preço mínimo, o governo, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, adquirirá a produção.

O mecanismo, que assegura também a estocagem do produto, era destinado até o início do ano apenas a produtos agrícolas não perecíveis. A inclusão do extrativismo nas EGFS e AGFS representa um reconhecimento do potencial econômico dos produtos da Amazônia. Ela é parte do conjunto de medidas que atinge, direta e indiretamente, 5,2 milhões de pessoas, número estimado da populção que vive do extrativismo no País.

Os produtos extrativistas que terão até o final do ano garantia de preços mínimos estão previstos na Medida Provisória 432, assinada pelo presidente Lula dia 27 de maio. Desde então, a castanha do Brasil, babaçu, andiroba, copaíba, buriti, seringa, piaçava, carnaúba, pequi e açaí vêm tendo seus preços definidos pelo CMN, com estudos a Conab para identificar os custos de produção de cada um deles. A fixação do preço mínimo é a primeira ação deflagrada pelo MMA este ano para ampliar a capacidade produtiva e de auto-sustentação dos povos e comunidades tradicionais, principais beneficiados pelo mercado extrativista.

O Plano Nacional Estratégico da Biodiversidade, em estudo pelo Ministério do Meio Ambiente, já definiu uma agenda social das comunidades tradicionais, que inclui a política de preços mínimos. Ele vem sendo desenvolvido em vários encontros entre técnicos do MMA, representantes de povos e comunidades tradicionais, produtores familiares, pesquisadores, empresários e governos federal e estaduais.
Copaíba, andiroba e o buriti não terão definição

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

NA MEMORIA VIVA - NO CENTRAL PARK

uma lembrança de quem falou por muitos durante muitos anos - ainda está vivo

NOVAS SOBRE O DESMATAMENTO - E AINDA QUEREM MAIS?

Desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para tragédia em SC


O desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para a tragédia causada pelas chuvas em Santa Catarina. É o que avalia o professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Lino Brangança Peres.

“As árvores foram substituídas por casas e vegetação rasteira, o que contribuiu para a erosão. Esses deslizamentos aconteceriam mais cedo ou mais tarde, as fortes chuvas desses dois meses apenas aceleraram esse processo”, explica.

A floresta cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de quilômetros quadrados, em 17 estados brasileiros, incluindo Santa Catarina. O bioma ocupava cerca de 15% do território nacional. Atualmente, apenas 7% desse total permanece intacto.

O desmatamento da Mata Atlântica está diretamente ligado à expansão das cidades brasileiras. E, na opinião do professor, a ocupação desordenada dos municípios pode ser outro fator para a catástrofe no Vale do Itajaí.

“Choveu muito acima da média, mas isso é apenas parte do problema. O modelo de ocupação irregular das cidades do Vale do Itajaí contribuiu para que isso acontecesse. E tudo com a conivência do poder público”, explica o professor.

Segundo Peres, as primeiras residências na região surgiram durante o século 19, época da imigração de europeus para o Brasil, próximas aos rios. No século 20, as pessoas passaram a ocupar os morros e as encostas. “O planejamento municipal começou muito tarde no Brasil, na década de 70, quando as cidades já tinham crescido”, conta.

A solução, na avaliação do urbanista, é o governo realocar a população dos morros e encostas para outros locais mais seguros. “O problema é que boa parte das áreas adequadas já foram ocupadas”, ressalta.
(Fonte: Antonio Trindade / Rádio Nacional)

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sábado, 6 de dezembro de 2008

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ENTRE 2000 E 2005, 48% DA PERDA DE COBERTURA FLORESTAL NO MUNDO OCORREU NO BRASIL

Desmate da floresta amazônica pode dar prejuízo de US$ 1 tri

Prejuízos de US$ 1 trilhão poderiam ser gerados pelo desmatamento da floresta amazônica. Dados divulgados por especialistas Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e por 29 instituições de pesquisa em todo o mundo alertam que as chuvas geradas no Centro-Oeste brasileiro e nos países do Cone Sul vem em grande parte da evaporação de água da região amazônica. Um desmatamento que comprometa essa evaporação, portanto, afetaria o ciclo de águas e toda a produção agrícola da parte mais fértil da América do Sul.

"O Brasil precisa pensar a preservação da Amazônia como uma questão econômica e que terá impacto direto em suas exportações e produção agrícola nos próximos 50 anos", afirmou Pavan Sukhdev, chefe da divisão econômica do Pnuma e ex-banqueiro do Deutche Bank. "Os cálculos apontam para prejuízos a médio e longo prazo de US$ 1 trilhão para a região", disse. O cálculo incluiria a queda drástica nas exportações, na produção, a necessidade de importar alimentos, perda de postos de trabalho e queda em geral nas economias das regiões mais afetadas.

Os estudos foram feitos por uma rede de institutos de pesquisa de 19 países conhecida como Global Canopy Programme e pela ONU. O levantamento, usando dados do cientista brasileiro Antônio Nobre, aponta que 20 bilhões de toneladas de água evaporam todos os dias da região amazônica. Parte dessa água acaba chegando ao Cone Sul do continente, área mais fértil da América do Sul e considerada como celeiro do mundo nas próximas décadas. A água também abastece uma quantidade importante de rios que vão garantir a qualidade de terras na Argentina e Paraguai.

"A Amazônia não é uma questão ambiental. É uma questão econômica", disse Sukhdev. "O governo brasileiro precisa entender que preservar a floresta não é um luxo, mas logo será uma necessidade econômica", afirmou. Entre 2000 e 2005, 48% da perda de cobertura florestal no mundo ocorreu no Brasil. 13% da perda ocorreu na Indonésia.

Os estudos apontam que substituir a Amazônia custaria pelo menos US$ 100 bilhões apenas em projetos para o fornecimento de água no restante do país. Para os especialistas, apenas o valor da Amazônia gerando as chuvas no sul e centro do continente já seria um motivo suficiente para proteger a floresta. A avaliação dos cientistas é de que a Amazônia seria a melhor "bomba de água" e o mais eficiente projeto de irrigação do planeta.

Para compensar a perda da floresta, os especialistas alertam que o Cone Sul teria de contar com 50 mil das maiores usinas de energia trabalhando 24 horas por dia para garantir o abastecimento de água a todo o território cultivável. "A floresta faz isso de graça", alertou Sukhdev.

O Pnuma defende a criação de uma sobretaxa sobre empresas e mesmo veículos que emitam CO2. A taxa seria transferida para ajudar e proprietários de terras nas regiões de floresta a preservar a mata. "Temos de pagar aqueles que vivem na região para que preservem a floresta", defendeu. "Essa será a única opção que temos para garantir a proteção das matas", concluiu. (Fonte: Jamil Chade/ Estadão Online)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

RESULTADOS OFICIAIS DA COMISSÃO ELEITORAL DA UFPA

ESTOS SÃO SIM OS RESULTADOS OFICIAIS.

A Comissão Eleitoral Divulgou nesta sexta-feira, 05 de dezembro, o resultado do processo de consulta à comunidade universitária da UFPA para escolha do novo reitor da Universidade pelo quadriênio 2009-2013. Em primeiro lugar ficou o professor Carlos Maneschy com 23,13 pontos. Em segundo, a Professora Regina Feio com 22,73 pontos. A professora Ana Trancredi ficou na terceira colocação, com 9,81 pontos, seguida pelo professor Ricardo Ishak com 2,57 pontos.


A eleição aconteceu na última quarta-feira, das 8 às 21 horas em 48 locais de votação, 28 na Capital e 20 no interior do Estado. Estavam aptos a votar 2.402 professores, 2.340 técnico-administrativos e 30.006 estudantes. Participaram do pleito 11.961 pessoas, sendo 1.735 docentes; 1.806 técnico-administrativos e 8.420 estudantes.

ECONOMISTA NÃO BRINCA COM NÚMEROS - ELES EXISTEM

Seguem os resultados preliminares da eleição:


Maneschy: 38.99%
Regina: 38.24%
Tancredi: 17.87%
Ishak: 4.89%

Uma análises que para um economista não escapa.

Candidata da situação (Regina) 38,24
Candidatos da Oposição somados (Maneschy, Ana e Ricardo) 65,75

Diferença entre Maneschy e Regina 0,75%.

Eleições em diversos países já foram definidas com menos de 1% dos votos. A própria eleição de 2001, segundo os resultados oficiais foi por menos de 0,15%, 5 votos, apenas.

Existe um grande equivoco quando se acredita que as eleições para serem válidas devem superar duas décimas. Isso no mundo de hoje já não existe. As eleições americanas passadas mostraram esse fato. Quem assistiu o filme americano com a atuação estelar do KEVIN COSTNER Swing Vote poderá ter uma noção de como é importante um voto, apenas um voto. Democracia é assim.

A eleição não foi acirrada como alguns pensam, porque as alternativas da oposição foram diversas, entretanto todas concordavam na necessidade de mudar o quadro de poder existente na UFPA.

Um outro elemento interessante foi que a candidata Regina perdeu, precisamente, entre seu "Núcleo Duro", com um a diferença de mais de 200 votos, isso derruba qualquer candidato. É necessária esta lembrança já que a candidata se apresentou como expressão desse grupo de técnicos e professores da equipe da reitoria, assim dito pelas fontes oficiais e foi lá precisamente onde menos votos obteve.

O resto será história, O reitor eleito e o atual reitor terão alguns meses para estabelecer os mecanismos de transição, como é natural em uma instituição que primou até hoje pelo exemplo de democracia e madurez republicana. O Reitor fará cumprir esse princípio.

JÁ É OFICIAL MANESCHY CONFIRMADO COMO PRIMEIRA MAIORIA NA ELEIÇÃO DA UFPA

Carlos Maneschy vence eleições para a reitoria da UFPA


A chapa do professor Carlos Maneschy, venceu com 23, 13% dos votos apurados. Em segundo lugar está a professora Regina Feio, com 22,73% dos votos. Em terceiro lugar está Ana Tancredi ficou com 9,8%, e Ricardo Ishak em quarto, com 2,57%. A chapa da candidata Regina Feio, apoiada pelo reitor Alex Fiúza de Mello, propôs à comissão eleitoral a recontagem de votos. A proposta foi rejeitada pela comissão, que já enviou o resultado ao Conselho Universitário (Consun).

Sobre o pedido de recontagem, o professor Maneschy declarou que não havia motivo. O professor afirma que “agora com os ânimos serenado, queria que se respeitasse a vontade da comunidade universitária. Não tenho nenhuma dúvida de que serei nomeado, é o que a comunidade espera. O reitor Alex Fiúza de Mello será o primeiro a defender minha nomeação, conforme ele se comprometeu durante a campanha eleitoral".

O professor atribui sua vitoria a necessidade de mudanças na “ao convencimento da comunidade para mudar a UFPA através de um conjunto de ações que propusemos durante a campanha para fazer avançar cada vez mais a instituição. A comunidade votou tb pela alternância de poder, que é saudável para a Ufpa. Apesar de a diferebça de votos entre mim e a 2º colocada ter sido pequena, a somatória dos votos das chapas de oposição sinaliza o desejo de mudança da comunidade universitária”. Maneschy também parabenizou a comissão eleitoral e disse que o processo de eleição fortalece o espaço de democracia da universidade e que agora todos tem de se unir; não existem mais chapas. A união será para fortalecer a universidade, que é um elemento estratégico e fundamental da Amazônia. A comissão eleitoral ainda não divulgou o resultado final.

Um detalhe fundamental é que o pleito não termina com a apuração dos resultados finais da consulta à comunidade universitária. É necessária a elaboração, pelo Conselho Universitário, de uma lista tríplice, indicando os nomes dos três candidatos mais votados, em ordem decrescente, para os cargos de reitor e vice-reitor. A lista é, então, encaminhada ao Ministério da Educação para que o Presidente da República e o Ministro da Educação decidam por uma das três chapas. Apesar da exigência legal, tem sido uma tendência a escolha pelo candidato que obteve mais votos nas eleições. O número de de eleitores aptos a votar na eleição da UFPA foi de 2.402 docentes, 2.340 técnicos administrativos e 30.006 discentes, totalizando 34.744 eleitores. (Da redação, Diário do Pará).

CARLOS EDILSON DE ALMEIDA MANESCHY NOVO REITOR DA UFPA

A Victoria da Chapa de Maneschy-Schneider dará ao Magnífico Reitor uma projeção enorme, com o grande carisma que ele tem, com sua atitude aberta e flexível para tratar os assuntos onde as decisões são colegiadas, será, sem dúvida uma liderança regional emergente para o Estado do Pará e para a Amazônia. Em um Estado tão pobre de lideranças, Maneschy vem ao encontro dessa expectativa de renovação de lideres.

Maneschy se preparou para ser Reitor desde o dia seguinte da disputa tão acirrada em que foi dado o triunfo ao Atual Reitor Alex Fiúza de Mello, que governou oito anos. Em todos esses anos o Reitor, hoje eleito, trabalho sem descansar, pela universidade, pelo Estado do Pará e pela Região Amazônica. Não ficaram magoas depois da discutida disputa eleitoral com Alex e inclusive apoio ao Reitor, desde o cargo Diretor de Pesquisa. Mesmo assim brilhou nessa função e seus resultados foram expressivos. Também realizou um excelente trabalho no Governo do Estado, apesar de não ser do grupo político do então governador.

Sem poupar esforços entrou inclusive na política de onde se retirou para continuar no seu caminho pelo seu espaço na Universidade, por considerar a necessidade do trabalho plural da gestão na academia.

Nesse caminhar pela vida de um grande lutador, político, entretanto sem participação na política partidária, foi construindo uma importante articulação e reunindo grandes competências, técnicas e humanas, que serão a partir de junho de 2009, sua equipe de trabalho, até 2013.

Merecidos parabéns para o Magnífico Reitor, e, como ele já disse, desde o dia 03 de dezembro os palanques serão desmontados. A esta hora já deve estar conclamando à comunidade universitária a trabalhar juntos pelo engrandecimento da UFPA e a fazer mais e melhor, a partir da sua pose.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

AS DICOTOMIAS DA CRISE ECONÔMICA AUMENTAR O CONSUMO OU DIMINUIR OS GASTOS?.

Pobre Keynes depois de ter sido esquecido por longos anos de sucesso do neoliberalismo, inclusive durante boa parte do governo Lula, hoje ressuscita e se transforma no melhor incentivo para as economias crescerem, mediante o crescimento do consumo. Ao mesmo tempo eu como consumidor estou com dois pés atrás e não gasto mais do que o necessário, para comer e pagar as poucas dívidas de consumo. Uma vez pagas, entrarei num forte aperto financeiro, para não me endividar já que os juros continuam em um patamar alto e não dão sinais de queda.

Me desculpem, mas, não recomendo a ninguém gastar a tontas e locas como se propõe por parte dos funcionários de Governo e até pelo próprio Lula. Seria uma burrice gastar mais do que recebemos, Esse, segundo as próprias análises do governo eram os problemas econômicos da economia brasileira. Gastar mais do que tínhamos.

Esse não é só problema de Lula. No mundo todos querem vender mais, importar menos, aí é quando as coisas se complicam.

Veja o artigo abaixo sobre a China que seguramente espera ser uns dos maiores exportadores. Vender mais e comprar menos, será a política.



Economia da China espera que cidadãos poupadores comecem a gastar


Andrew Jacobs
Em Pequim

Ele ainda não sabe disso, mas Dang Fu foi escolhido para salvar a economia chinesa.

Dang, 56, um plantador de painço de faces coradas que vive no nordeste da China, conseguiu nos últimos anos poupar dois terços da renda anual da sua família, um valor que equivale a US$ 2.200. Ele cultiva grande parte da sua alimentação, usa um casaco de inverno até que este vire um farrapo e só compra presentes para a mulher quando as reclamações dela ficam intoleráveis.

O presente que ele se concedeu no ano passado, uma televisão de 25 polegadas, ainda provoca uma expressão dolorosa em Dang. "É doloroso gastar tanto dinheiro", disse ele, enquanto caminhava pelos corredores de um supermercado na semana passada com a cunhada perdulária (ela só poupa a metade do salário).

Mas esse hábito entranhado de economizar, que já foi tido como uma virtude admirável por aqui, tornou-se um problema neste momento em que a economia do país desacelera-se, um fato que tem alimentado o medo do governo em relação ao desemprego e à instabilidade social, bem como quanto à possibilidade de que isto venha a ameaçar o poder do Partido Comunista.

Nas últimas semanas a economia da China, que antes parecia incapaz invulnerável, sofreu um desaquecimento drástico. O crescimento das exportações, um dos fatores que mais contribuíram para a expansão da China nos últimos dez anos, diminuiu e provavelmente reduzirá o crescimento geral do país no próximo ano, segundo o Banco Mundial. O mercado de ações está inerte e o valor dos imóveis em várias cidades caiu 30 ou 40%.

A taxa de crescimento da China com correção anual, que foi de 12% durante as Olimpíadas, já caiu para 9%, um número admirável para os padrões norte-americanos, mas que está perigosamente próximo do mínimo de 8% que, segundo os economistas chineses, é necessário para que se forneçam empregos às 20 milhões de pessoas que ingressam anualmente no mercado de trabalho. Na última segunda-feira, o J.P. Morgan reduziu a sua previsão de crescimento da China no quarto trimestre para 7,7%, e outros analistas prevêem que este número possa chegar a 5% no próximo ano.

Analistas do governo estão de olho nos consumidores, especialmente nas centenas de milhões de camponeses que poupam bastante, esperando que eles supram grande parte da necessidade de demanda. "Se pudermos injetar confiança nos consumidores e fazer com que eles gastem mais, poderemos ajudar a economia da China e contribuir também para estabilizar a economia global", afirmou na semana passada Zhu Guangyao, ministro-assistente das Finanças.

Mas pode ser difícil fazer com que as pessoas gastem mais, especialmente em um momento de desaquecimento econômico. Os gastos dos consumidores representam 35% do produto interno bruto da China, e esse número vem caindo desde a década de 1980, quando ficava na faixa dos 50%. Já a atividade do consumidor nos Estados Unidos é responsável por mais de dois terços da economia chinesa.

Para compensar as quedas das exportações e no setor de construção, os consumidores chineses teriam que aumentar em um terço os seus gastos, afirma Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim. "Não sei se eles são capazes de fazer isso de forma tão rápida quanto o governo deseja", afirma Pettis.

META CONTRA O DESMATAMENTO AINDA É "TÍMIDA", DIZ MINC

Com uma série de ressalvas e admissões de ajustes e mudanças nos próximos anos, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) anunciou na segunda-feira (1º) as metas de redução na taxa de desmatamento para a Amazônia Legal. O objetivo é que, em 2017, a devastação anual da floresta atinja no máximo 5.000 km2 contra os 11,9 mil atuais.

As metas integram o Plano Nacional Sobre Mudança do Clima, anunciado ontem por Minc e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento no Palácio do Planalto. Como a Folha antecipou na edição de sábado (29), a meta de redução do desmatamento será dividida em três quadriênios.

"Temos metas. Elas são tímidas ainda, mas podemos melhorá-las", disse o ministro do Meio Ambiente, que admitiu rever os objetivos. "Elas (metas) podem estar subestimadas ou superestimadas. Faremos reavaliações anuais. O plano não é uma obra acabada."

Além disso, Minc apresentou condicionantes para o cumprimento das metas. Disse que a responsabilidade não é só da União, mas também dos governos estaduais e da sociedade civil, e afirmou que, além de contratar cerca de 3.000 novos fiscais ambientais, o governo federal precisa, entre outros pontos, fazer a regularização fundiária e aprovar o zoneamento econômico-ecológico.

Sobre a regularização fundiária, o governo prepara um plano para iniciá-la, batizado Terra Legal. O Incra é o órgão responsável pelo processo, mas reclama de falta de estrutura física e verbas. Já o zoneamento econômico-ecológico da Amazônia Legal, assim como o zoneamento específico da cana, continua parado no governo.

Outra meta anunciada é a ampliação da área de floresta plantada do país. O plano fala em dobrar a atual área até 2020, passando de 5,5 milhões para 11 milhões de hectares, sendo 2 milhões de hectares em espécies nativas. O resto seria preenchido por eucaliptos.

A definição dessas metas deve ser usada pelo governo brasileiro como ferramenta diplomática, passando o chapéu para recolher doações ao Fundo da Amazônia. A Noruega, por exemplo, já se comprometeu a injetar US$ 1 bilhão. "Podemos pensar em US$ 1 bilhão por ano", disse ontem Minc.

Sobre a contribuição contra o aquecimento global, o plano prevê que, com as metas de desmatamento, o país deixará de emitir 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono. O plano fala ainda na ampliação do uso dos biocombustíveis, dos programas de reciclagem e para economizar energia elétrica.

Lula encerrou o evento com uma rápida fala. Disse que vai conversar com o ministro Tarso Genro (Justiça) sobre a ampliação da fiscalização na Amazônia e que, no próximo ano, reunirá no Planalto os prefeitos da lista dos 36 municípios que mais desmatam no país.

"É preciso que a gente discuta com eles e estabeleça metas", disse o presidente. "Para isso, temos que estender uma mão nos dispondo a ajudá-los, mas com a outra mão temos que dizer que haverá punição, se não cuidarem corretamente da preservação ambiental."

Obrigação interna - Apesar de verem avanços no plano, ambientalistas criticam o fato de ele condicionar o cumprimento das metas à obtenção de recursos externos. "O governo deixa uma justificativa pronta para descumprir as metas", diz o diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão. "Ele fala que o mundo precisa ajudar a preservar a Amazônia, como se isso não fosse, antes de tudo, uma obrigação de nós, brasileiros." (Fonte: Eduardo Scolese/ Folha Online)

COMBATE A AQUECIMENTO SÓ DARÁ CERTO SE GERAR LUCROS, DIZ CLINTON

O esforço internacional para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa só terá sucesso se for economicamente justificável, afirmou nesta terça-feira (2) em Hong Kong o ex-presidente Bill Clinton.

"Precisamos descobrir como fazer isso ser economicamente viável", disse ele, durante um evento organizado por sua fundação, a Clinton Global Initiative.

O ex-presidente afirmou que o combate ao aquecimento global precisa gerar lucro e criar empregos para motivar os países a se comprometer com a causa ambiental por questões pragmáticas.

Além de Clinton, o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, a presidente das Filipinas, Glória Macapagal-Arroyo, e outras autoridades também participaram do evento.

O encontro da organização ocorre ao mesmo tempo em que mais de 9 mil delegados de países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúnem em Poznan, na Polônia, para discutir a mudança climática e tentar esboçar um acordo para o próximo encontro, marcado para o ano que vem em Copenhague, na Dinamarca.

Emergentes - Os participantes concordaram que é necessário cooperação para conseguir desenhar uma estratégia sucessora do Protocolo de Kyoto, que funcione na prática e não seja um ponto de confrontação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

"Havia pessoas na China que acreditavam que isso (o Protocolo de Kyoto) era um complô para desacelerar o crescimento econômico dos emergentes", disse Clinton. "Mas eles mudaram, só que agora vamos ter que negociar um novo acordo desde o princípio".

Clinton perguntou ao ministro Yang Jiechi como seria possível "evitar a briga que arruinou Kyoto", referindo-se à posição antagônica que Estados Unidos e China adotaram nas negociações do acordo.

Yang Jiechi reiterou a posição chinesa e cobrou dos países ricos transferência de tecnologia e recursos financeiros para o combate ao aquecimento global.

"Acredito que os países desenvolvidos devem liderar o combate dando ajuda tecnológica e de capital aos países em desenvolvimento", disse Yang.

China e Estados Unidos se acusam mutuamente de ser o maior poluidor do mundo.

Em termos absolutos, os chineses são os maiores emissores de gases causadores do efeito estufa, mas argumentam que os norte-americanos têm um nível de emissões de gases per capita muito superior.

Fundo - Há um mês, a China sugeriu, em uma conferência da ONU em Pequim, que os países ricos doassem 1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para um fundo internacional que proveria a transferência de tecnologia verde para os países em desenvolvimento.

Na ocasião, o presidente Hu Jintao criticou o estilo de vida ocidental, que chamou de "insustentável", e disse que eles têm "responsabilidade e obrigação" de mudar o modo como vivem.

"Não podemos pedir a países como a Índia ou a China que façam um voto de pobreza para que nós continuemos com o nosso estilo de vida", reconheceu Clinton, referindo-se aos hábitos de consumo dos países ricos.

Clinton não chegou a falar especificamente no Brasil, mas ressaltou que cerca de 18% de todas as emissões causadas pelo mundo têm origem no desmatamento, e que a Amazônia, juntamente com as florestas da Indonésia, são um caso preocupante.

Yang Jiechi e Macapagal-Arroyo também aproveitaram a ocasião para felicitar Clinton pelo sucesso de sua esposa, Hillary, que foi apontada nova secretária de Estado no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. (Fonte: Estadão Online)

MINC LEVA À ONU PLANO DO BRASIL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas, assinado na segunda-feira (1º) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será apresentado aos participantes da 14ª Conferência das Partes (COP) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em Poznam (Polônia), pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. De acordo com a assessoria de imprensa do ministro, a iniciativa tem o propósito de dar mais densidade aos debates. A 14ª COP está relativamente esvaziada pelo fato de não contar ainda com a participação de representantes do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que tomará posse em janeiro do próximo ano.

Por isso, há a expectativa de que a 14ª COP seja menos uma oportunidade de debates e mais um encontro de trabalho, preparatório da 15ª COP, que será realizada em Copenhague (Dinamarca) em 2009, já com participação de representantes do novo governo dos EUA. A decisão de Minc de apresentar o plano brasileiro de mudanças climáticas deve incentivar as discussões em Poznam pelo fato de estabelecer metas, como a redução da média anual de desmatamento da Amazônia em 40% no período de 2006 a 2009. Minc, segundo assessores, embarca para Poznam no dia 9. A autorização do presidente Lula para o ministro se afastar do País até o dia 14 e participar da 14ª COP foi publicada na edição de hoje do "Diário Oficial da União". (Fonte: Neri Vitor Eich/ Estadão Online)

Mãe natureza.

Expoente da ala desenvolvimentista do governo, Dilma Rousseff (Casa Civil) teve seu pouco conhecido lado ambientalista elogiado ontem pelo colega Carlos Minc em cerimônia no Planalto. "É a Eco-Dilma".

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A HORA DO RECREIO - ~JOAN MANOEL SERRAT & ANA BELEN

OPERAÇÃO SATIAGRAHA - DANIEL DANTAS CONDENADO A 10 ANOS

Daniel Dantas é condenado a dez anos de prisão; defesa pede anulação

O juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, condenou nesta terça (2) o banqueiro Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, a dez anos de prisão em regime fechado por corrupção ativa, por tentativa de suborno a um delegado durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Daniel Dantas responde por tentativa de suborno a delegado durante a operação Satiagraha

Em nota, defesa diz que processo é "nulo" e que juiz é "suspeito" PF pede prisão pela 3ª vez


Alguém neste país acredita que esse cara vai passar 1o anos preso????
Comente o caso. Eu pago para ver!

QUANTO VALE UM VOTO NO BRASIL?

Informações dos tribunais eleitorais em São Paulo confirmam que o voto de Luiz Marinho Prefeito eleito de São Bernardo do Campo custou a mísera soma de R$47,00. O voto do Prefeito eleito Kassab foi de apenas R$ 7,3 por voto, apenas!

Imagina se esses recursos fossem doados para uma campanha contra a fome. Seria obrigação dos candidatos só usar o direito da propaganda gratuita paga pelos contribuintes.

Coitado de eu, como diz o caboclo, com essas propostas. Posso até ser indiciado por burro.

domingo, 30 de novembro de 2008

EMPREGO DIGNO

Sigam os passos a seguir e olhem para o resultado

1. Abrir http://www.google.com/

2. Digitar as palavras assim mesmo em espanhol: trabajo digno

3. Não dar Enter, clique acima de "estou com sorte"

Ler com calma o resultado, Até concluir o texto...

Parabens para Google!!!

sábado, 29 de novembro de 2008

Saídas para o desmatamento da Amazônia

Desenvolvimento Sustentável


A ONU apontou, recentemente, que as emissões de gases do efeito estufa cresceram entre 2006 e 2007. Para procurar soluções com relação ao aquecimento global, inúmeras negociações internacionais são realizadas constantemente, visando elaborar um acordo entre os países sobre mudanças climáticas.

Isso traz, mais uma vez, a atenção para um dos biomas mais importantes do mundo: a Amazônia. Está clara a importância da floresta para as questões relacionadas ao aquecimento global e também para as principais cadeias produtivas de diversos segmentos no país. Por isso, é essencial olharmos com cuidado para essa região, com o intuito de garantir a sustentabilidade.

Pensando nisso, foi criado, há um ano, o Fórum Amazônia Sustentável, um grupo de organizações que representam empresas privadas e segmentos da sociedade civil, com o objetivo de mobilizar lideranças de diversos segmentos com atuação na Amazônia.

A última discussão aconteceu em Manaus, entre os dias 25 e 27 de novembro. Após um dia de debates, os integrantes do Fórum levantaram a idéia de preparar um documento, junto com os governos na Amazônia, com uma proposta para a Convenção do Clima. Sendo assim, serão definidos mecanismos de redução do desmatamento e valorização da floresta em pé, no intuito de construir uma visão amazônica sobre um novo regime de carbono, que vai substituir o Protocolo de Kioto.

Além disso, discussões sobre mecanismos de financiamento estão em avanço. O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), BASA (Banco da Amazônia) e IFC (Corporação Financeira Internacional) estão mais rigorosos com financiamentos, garantindo uma diminuição de atividades ilegais de desmatamento. Isso tem trazido resultados concretos neste ano. Em setembro de 2008, por exemplo, houve uma queda de 69% da área desmatada, em comparação com o mesmo mês de 2007.

Outra novidade interessante é a estratégia anunciada pela Vale, que pretende trabalhar em colaboração com o governo do estado do Pará para estimular atividades econômicas ligadas ao reflorestamento. Dessa forma, a pecuária poderia perder espaço econômico na região, fortalecendo as atividades que favorecem a floresta. A idéia é que é possível criar empregos e ter mais resultados econômicos positivos para a região se investirmos mais em reflorestamento do que em pecuária.

O importante é perceber que apenas uma visão sistêmica de soluções para os problemas sócio-ambientais amazônicos seria capaz de garantir uma aceleração do desenvolvimento socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável. O mapeamento das áreas degradadas e uma política eficiente, que facilite sua recuperação, também é fundamental. Uma das maneiras de se fazer isso é rastrear os processos produtivos, fiscalizando os atores do desmatamento para trazer para a legalidade aqueles que ainda atuam na ilegalidade.

A descentralização das matrizes energéticas também é necessária para que se promova o desenvolvimento das regiões com impactos agregados muito menores. Temos que produzir de outra forma, consumir de outra forma e dividir de outra forma. Alagar uma vasta área da Amazônia, desviando recursos hídricos e causando um crime ambiental na região, para gerar energia para as indústrias do Sul do país, é algo que certamente tem de ser discutido.

O diálogo diverso e coletivo com as lideranças multissetoriais já conta com diversas iniciativas que impactam positivamente a discussão da produção de soja, pecuária e do desmatamento zero. Está claro que podemos fazer a diferença no processo de conexão entre o mercado, o consumo e a cadeia produtiva hoje estalada na região.

Uma das ferramentas propostas pelo meio acadêmico, por exemplo, é criar núcleos de problemas-chaves, sobre os quais criaríamos excelência, trabalhando pelo aprofundamento do conhecimento das questões sociais e econômicas da região.

É possível encontrar formas de manter negócios em prol do desenvolvimento econômico da região, sem comprometer os aspectos ambientais e sociais. Aliás, cada vez mais, está claro que se não fizermos isso, o desenvolvimento econômico simplesmente não será possível.

Ricardo Young, da Carta Capital

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Amazônia: desmatamento cresce 3,8%

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou hoje (28) dados que revelam um aumento de 3,8% na área desmatada da Amazônia na comparação com o período anterior, de agosto de 2006 a julho de 2007. A região desmatada somou 11.986 quilômetros quadrados entre agosto de 2007 e julho deste ano, o equivalente a quase 10 vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. O instituto afirmou, ainda, que o Estado que mais desmatou nesse período foi o Pará, com 5.180 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso, com 3,259 quilômetros quadrados de área de floresta perdida.

ELEIÇÕES NA UFPA - ASSISTA TV RBA E OUÇA NA RADIO TABAJARA

Argumento especial, no sábado (29) entrevista os reitoráveis
Amanhã (29) ocorrerá um programa especial na TV RBA canal 13, este programa será o Argumento especial, e é comandado pelo jornalista Mauro Bonna. As entrevistas começarão as 21 hs, e cada candidato terá 12 minutos para responder às perguntas do apresentador. É uma ótima oportunidade para avaliarmos os candidatos.

Debate entre os reitoráveis na rádio tabajara Na tarde deste sábado, das 14 às 16 horas, no programa Jogo Aberto, a Rádio Tabajara FM vai promover um debate com os quatro candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará – os professores Carlos Maneschy, Regina Feio, Ana Tancredi e Ricardo Ishak. Com a participação do jornalista Francisco Sidou e a mediação do jornalista Carlos Mendes, trata-se do primeiro e único debate em uma emissora de rádio de Belém antes da eleição do próximo dia 3.
A Rádio Tabajara pode ser sintonizada na frequência FM 106.1 e também pela internet, no endereço www.radiotabajara.com.br

UM POUCO DE HISTÓRIA - GOSTEMOS OU NÃO ESSES HOMENS DEIXARAM UM LEGADO

VEJA AS OPINIÕES DE MISNISTROS E EMPREÁRIOS CHILENOS SOBRE A CRISE FINANCEIRA

http://teletrece.canal13.cl/t13/html/Noticias/Chile/362838Ivideoq1.html

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ROSEANE SARNEY DOENÇA DE CUIDADO

Sarney desiste de candidatura à presidência do SENADO.

Se já não vinha demonstrando muito ânimo em se tornar candidato à presidência do Senado, agora é que Sarney não irá mesmo assumir uma candidatura que. Sua filha, a senadora Roseana Sarney, descobriu recentemente que tem um aneurisma cerebral, e deverá se hospitalizar nos próximos dias no Hospital Sírio-Libanês para uma delicada cirurgia. Sarney já comunicou ao petista Tião Viana que pretende estar mais perto de Roseana nas próximas semanas. Caminho livre pata Tião viana, por enquanto.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Impasse na floresta: sem incentivos, extrativistas criam gado para viver

Apesar de já estar mais de 6 anos no governo um presidente (Lula) da socialdemocracia, ainda pouco foi feito pelas comunidades mais carentes da Amazônia.
Continua predominando dentre os ideólogos do PT o modelo Madeira, boi, soja e o minério (nos estados onde existe).


A ausência de projetos econômicos de uso múltiplo florestal sustentável pode ser considerada a principal causa do desmatamento da Amazônia até nas unidades de conservação criadas por lei na região para manter a grande floresta tropical em pé.

Exemplo claro dessa situação vem ocorrendo numa unidade de conservação criada há 18 anos no Acre para se transformar em modelo de sustentabilidade amazônica. Trata-se da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, com quase um milhão de hectares de floresta abrangendo seis dos 22 municípios do Acre e que recebeu o nome do sindicalista acreano para mostrar a sua importância no contexto de uma Amazônia saudável e sustentável.

Por falta de projetos econômicos que explorassem de forma sustentável as matérias-primas existentes na floresta - sementes, essências, ervas, entre outras - parte das famílias de seringueiros e pequenos agricultores ali assentados começaram nos últimos anos a criar gado como forma de obter renda para sustentarem seus filhos. Para isso, desmataram mais do que a legislação ambiental permite. E hoje, está instalado o conflito, com o Ibama ameaçando retirar quase 300 famílias (ou 1.500 pessoas) das duas mil assentadas na Resex desde a sua criação.

Segundo publicou o jornal A Gazeta, esta semana uma equipe do Ibama, juntamente com a Polícia Federal, vai até as áreas da Resex Chico Mendes para notificar as famílias assentadas de que elas estão em situação irregular.

Falando ao jornal acreano, Sebastião Santos, chefe da Resex, disse que um levantamento preliminar foi feito e identificou a presença de pelo menos 300 famílias irregulares, entre as duas mil que vivem na reserva. "Não significa que as 300 terão que sair. Se existir a possibilidade de regularizar a situação, não haverá problema, mas há casos que será preciso retirar", explicou.

A Resex tem cerca de um milhão de hectares e compreende os municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Capixaba, Xapuri, Sena Madureira e Rio Branco. O administrador da Resex explicou que, para viver na reserva, que se trata de uma área de proteção ambiental, as famílias não podem desmatar mais do que 30 hectares e têm de viver, sustentavelmente, dos recursos da floresta, de forma a complementar a renda. Ele não falou, no entanto, do apoio que o Ibama deveria ter dado para o desenvolvimento de projetos econômicos sustentáveis dos recursos florestais.

Segundo confirmou o chefe da Resex, além do desmatamento desenfreado, há famílias que estão realizando atividades proibidas, como a criação de gado. "Existe um limite para desmatar e muitos não estão respeitando isto. As situações de irregularidades são diversas", acrescenta ele.

Caso sejam confirmados os casos de irregularidades, as famílias receberão uma notificação e poderão responder processos criminais. Se não for possível o ajustamento de conduta, elas receberão um prazo para sair. "Só haverá expulsão no caso de resistência, mas acredito que não haverá necessidade", conclui.

"Remover estas famílias é um erro", alerta Veronez
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez disse ao jornal acreano que a atitude de retirar as famílias que ocupam a Resex Chico Mendes, há tantos anos, seria um erro com conseqüências indesejáveis.

Veronez assinalou que o Ibama tem agido com muita virulência contra os produtores e que o órgão deve repensar a sua forma de atuação. "A lei não deve ser aplicada injustamente. São todos pequenos produtores, e a pecuária é uma forma de sobrevivência para eles. Antes de qualquer atitude, é preciso que o diálogo e o bom senso prevaleçam", diz Veronez.

Para o presidente da federação, as famílias não estão agindo com má-fé e, por questões de sobrevivência, devem ter o direito a uma pequena criação de gado. Para o pecuarista, é preciso que programas de reflorestamento sejam criados como forma de resolver o problema.

"Claro que precisa haver a necessária vigilância, mas isto não aconteceu do dia para noite. A culpa do que está ocorrendo é dos fiscalizadores, que foram omissos. Agora, é preciso encontrar uma solução. Não se pode estabelecer conflito onde não há", destaca.

Assuero Veronez lembrou que a agricultura no país vive um momento preocupante devido à crise econômica mundial e que sofrerá ainda um forte impacto no ano que vem. "A agricultura é uma atividade de risco, além de não ser nada fácil", completou.

VOLVER AO SUL - Crise econômica: a primeira, última?

A crise econômica atual é uma crise generalizada de sobre produção própria do sistema capitalista, que envolve ao mundo todo. O efeito espetacular do setor financeiro tem encoberto a essência de toda crise.

Em maio de 2008, quando a crise hipotecária recém começava, o multimilionário e investidor de origem húngara disse que o enfraquecimento da economia nos Estados Unidos será "mais severo e prolongado" do que a maioria espera, e que o "superboom" iniciado depois da Segunda Guerra Mundial, poderá ter chegado ao fim.

"Nos últimos 60 anos, tivemos uma situação estável, mas acredito que estamos entrando em um período de instabilidade muito maior, porque temos a ameaça de uma recessão ao mesmo tempo de uma ameaça de inflação", explicou Soros.

O megainvestidor, que foi um dos precursores dos fundos especulativos e que nos últimos anos ganhou milhões de dólares apostando nos mercados internacionais, disse ainda que "há mais incertezas nos assuntos financeiros do que admitimos".

Preocupado, Soros tem dito: “Marx e Engels fizeram uma análise muito bom do sistema capitalista faz 150 anos, melhor em alguns aspectos, que a teoria do equilibro de economia clássica…”.

Que dizia Marx?: “a razão última de toda verdadeira crise é sempre a pobreza e a capacidade restringida de consumo das massas, com as que contrastam a tendência da produção capitalista a desenvolver as forças produtivas como se não tiveram mais limites que a capacidade absoluta de consumo da sociedade”.



Por una parte, pessoas com necessidades. Por outra, capacidade crescente de criação como nunca antes na história da humanidade. Mas, no sistema capitalista não pode haver harmonia entre a satisfação das necessidades dos seres humanos y a produção de bens e serviços. Ainda que existam ou abundem, o livre acesso a eles —para milhões de pessoas— permanece vedado. Porque devem comprá-los e não têm poder aquisitivo.



Em outras fases dos ciclos econômicos, as crises se originavam por escassez e desastres naturais. Hoje essas crises são produto da abundância.



O sistema capitalista tem produzido enormes avances no desenvolvimento. Em mais ou menos dois séculos, a riqueza material cresceu a uma velocidade nunca antes vista na historia da humanidade. Entretanto, a conseqüência no tem sido uma regulação planejada racional, dirigida e administrada pela sociedade. O capitalismo se organiza em função do lucro. As relações entre os homens se produzem a por meio desse “ente” avassalador e dominante que é o mercado, insensível ante as preocupações e as angustias dos seres humanos.



Todo valor verdadeiro, real, se gera nos setores produtivos nos serviços. A base das crises é ter produzido mais do que se pode vender. Se afeta o comércio. O setor financeiro lucra por um tempo das angustias alheias. Entretanto, dependendo da magnitude da cadeia de dívidas não pagas, o setor financeiro se treme. Agudiza e prolonga as crises mediante os créditos. O crédito atua como um elástico incentivando o desenvolvimento do sistema produtivo e serviços além do poder aquisitivo. Quando a tensão corta o elástico e as obrigações não podem cumprir-se, o sistema se recolhe recordando bruscamente que numa economia de mercado a produção deve limitar-se somente aquilo que possa se vendido. Na crise atual os problemas se profundizaram porque se engendro dinheiro do dinheiro, sem base alguma no setor real da economia.



Ainda quando as crises são inerentes à estrutura do sistema capitalista, existem medidas preventivas e atenuantes. Há uma grande diversidade de formas de enfrentar os desafios. Desde o Estado de Bem estar até o Neoliberalismo. A equidade e as medidas para distribuir melhor os ingressos devem ser o centro da preocupação. Isso não muda a essência do sistema, no em tanto favorece a reprodução da economia. Não impede a crise, mas retarda sua aparição, diminui sua magnitude e seus efeitos negativos.

Nesta crise são responsáveis quem se favoreceu com a especulação, mas sobretudo quem a permitiu por falta de regulação. Grande responsabilidade dos governos, os parlamentares e os organismos internacionais que não estabeleceram limites, e permitiram a libertinagem do lucro.



É urgente que os seres humanos no seu conjunto tomem em suas mãos o que entre todos tem sido capazes de criar e estabeleçam relações sociais superiores, que permitam uma coerência e harmonia entre produção de bens e serviços e seu consumo para o bem estar de todos, assumindo um planejamento ecologicamente sustentável.



Um sistema com tantas contradições e limites, capaz de destruir produção, promover guerras, limitar até no mais elementar a vida de milhares de seres humanos, que avança por meio de competição e o egoísmo, baseado na ganância de poucos, deve quedar no passado. O sistema capitalista quedará na historia como um sistema progressista no que diz respeito aos anteriores regimes, mas limitado. Será o antepassado de um sistema superior em que os seres humanos estejam por sobre qualquer outra consideração.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

AMAZÔNIA - Mais de 90% das unidades de conservação sofreram queimadas

Mais de 90% das unidades de conservação da Amazônia sofreram múltiplas queimadas nos últimos sete anos, segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira (20) pelo pesquisador Alberto Setzer, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dados mostram que 617 das 674 áreas protegidas da floresta tiveram focos de calor detectados via satélite entre 2000 e 2007. Entre as unidades de conservação federais, o índice foi de 80%. Entre as estaduais, 77% e terras indígenas, 64%. "Dezenas de unidades de conservação estão pegando fogo todos os dias, e quase nada acontece", disse Setzer.

A maioria das áreas não possui brigada de incêndio, e muitas não têm nenhum equipamento ou equipe fixa. Segundo Setzer, praticamente 100% das queimadas são iniciadas pelo homem. Em alguns casos, o fogo invade as unidades pelas bordas. Mas a maioria tem início dentro da própria unidade, causada por invasores ou por fazendeiros que não deixaram a área após a criação das reservas. (Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online)

Amazônia deixará de existir se desmate chegar a 50% - do Portal Eco Debate

Modelo pioneiro do Inpe que relaciona clima e vegetação indica que savana empobrecida se instala no lugar da floresta. Segundo pesquisador, corte adicional de 30% na área da floresta empurraria a vegetação a novo estado, no qual a mata não voltaria

A floresta amazônica deixará de existir se mais 30% dela forem destruídos. A afirmação foi feita ontem em Manaus, durante a conferência científica Amazônia em Perspectiva.

“O número agora está consolidado. Se 50% de toda a Amazônia for desmatada, um novo estado de equilíbrio vai existir no bioma”, afirma Gilvan Sampaio, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Hoje aproximadamente 20% de toda a floresta amazônica, que tem mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, já sumiram “No Brasil, esse número está ao redor de 17%.” Por Eduardo Geraque, da Folha de S.Paulo, 21/11/2008.

E pode chegar aos 50% até o meio do século. Um estudo de 2006 da Universidade Federal de Minas Gerais prevê que, se o ritmo do corte raso continuar, quase metade da floresta que sobra hoje tombará até 2050.

O novo modelo desenvolvido pelo pesquisador não considera mais a vegetação como algo estático, como ocorria nos estudos apresentados anteriormente. “Desta vez, existe uma espécie de conversa entre o clima e a vegetação”, afirma Sampaio, que havia publicado uma versão anterior de seus modelos no ano passado.

De acordo com o estudo, que analisa a situação da floresta num intervalo de 24 anos, a região leste da Amazônia ainda é a mais sensível. Como o clima depende da vegetação, e vice-versa, a ausência de árvores na parte oriental da Amazônia fará com que as chuvas diminuam até 40% naquela região.

“As pessoas têm a idéia de que a floresta cortada sempre se regenera, mas nesse novo estado de equilíbrio isso não deve mais ocorrer, pelo menos no leste da floresta.”

O estudo também mostra que a geografia do desmatamento pouco importa para que o ponto de não-retorno da floresta seja atingido. “A questão é quanto você tira e não de onde”. Se países como o Peru e a Venezuela, onde a situação da floresta é melhor hoje, começarem a desmatar muito, todo o bioma estará em perigo.

A conseqüência desse novo equilíbrio ecológico será bem mais impactante no lado leste. Sem chuva, a tendência é que toda a região vire uma savana pobre. “Não é possível falar em cerrado, porque ele é muito mais rico do que a capoeira que surgiria na Amazônia.”

O oeste amazônico, entretanto, onde estão o Amazonas e Roraima, continuariam a ter florestas, mesmo nessa nova realidade climática. “A umidade continuaria a ser trazida do Atlântico pelo vento”, diz.

O desafio brasileiro para impedir que a floresta entre em um novo estágio evolutivo parece até fácil de ser resolvido -no papel. Dos 5 milhões de hectares da Amazônia que estão dentro do país, 46% são protegidos por lei. Mas, na prática, a preservação dessas regiões não é integral.

Uma prova clara disso foi dada ontem também na conferência de Manaus. Dados apresentados por Alberto Setzer, também do Inpe, mostram que entre 2000 e 2007 os satélites registraram focos de incêndio em 92% das unidades de conservação da Amazônia. “Isso me deixa consternado”, diz Setzer.

Em Roraima e Tocantins, 100% das áreas de proteção ambiental tiveram incêndios. “Muitas dessas unidades de conservação não têm nem meios para combater o fogo”, afirma o pesquisador.

O sumiço de parte da floresta amazônica terá conseqüências imediatas para o Nordeste. “A tendência de desertificação vai aumentar bastante”, diz Sampaio. O grupo do Inpe ainda estuda as conseqüências da possível nova Amazônia para as demais regiões do Brasil.

* Matéria enviada por Ruben Siqueira, CPT/BA, colaborador e articulista do EcoDebate.

[EcoDebate, 22/11/2008]

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